Thursday, December 21, 2006

Por enquanto é só, pessoal!

É isso ae, o Alcofa MilleniuM ACABOU!

heheheh

se eu fizer isso novamente, acho que tomo uma surra logo mais.

Falando sério. Este ano blogueiro para mim realmente acabou. Amanhã é meu ultimo dia de trampo e vou para minhas merecidas férias, longe de tudo. Serviço, os boçais com quem trabalho, tecnologia, enfim, vou para "o infinito e além".

O blog só volta a sua carga normal a partir do dia 10 de janeiro, que é quando eu volto da minha viagem. Vou para o melhor local do mundo para descansar: o interior de Sampa. E é interior MESMO. O local tem cachoeiras, muitos locais para fazer trilhas e, claro, sombra e muita cerveja gelada!

Agradeço a todos os visitantes do blog pelas vistas aqui, as opiniões nos comentários e tudo o mais que seja possível agradecer referente a este blog. Aos irmãos blogueiros de longa data, agradeço os links, as dicas de sites, de HQs, de séries, de mulé pelada, enfim, de tudo. Espero que em 2007 nosso universo nerd seja mais rico e mais unido a cada dia, pois as comunidades de compartilhamento de o que quer que seja continuem crescendo a cada dia. Que a porra dos preços de HQs pare de crescer, pelamordedeus, porque os caras lançam tantos albuns que você realmente não sabe qual comprar. Que em 2007 100 balas seja publicado pela Pixel desde o começo e que venha com um preço justo (foda-se a Opera e seus preços absurdos), que vejamos mais HQs nacionais do Hellboy, que o novo filme do demonhão seja ainda melhor que o primeiro, que Clint Eastwood continue fazendo seus filmes maravilhosos, que o Batman tome uma surra do Cap América (hehehe), que o filme do Wanted não seja uma grande merda, que eu consiga todos os filmes de Western Spaguetti que eu tanto quero, e, principalmente, que todos nós sejamos mais mega fodônicos a cada dia que se passa!

Um feliz ano novo para todos vocês!

Alcofa (que continua não gostando do natal, mas gosta da putaiada toda do ano novo)
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Tuesday, December 19, 2006

Illuminati?? Jóias do Infinito?? Sei não...

Há Marvel há pouco tempo revelou um grupo (que deixou a entender) existe há anos: os Illuminati, composto por alguns dos personagens mais influentes do Universo Marvel. Figurinhas conhecidas como Dr Estranho e Reed Richards fazem parte do grupo. Em um preview bem recente há mesma liberou uma imagem do grupo envolvido com a toda poderosa (?) Manopla do Infinito, que foi o foco central de varias mini séries infinitas, relacionadas a guarda infinita, manopla esta que dá poderes infinitos... Bom, vocês entenderam.

Problema um: esse lance dos Illuminati existirem a vários anos é balela, desculpem a sinceridade. Se os caras controlam (ou discutem sobre) as cordas da sociedade para o bem, por que “N” tragédias não foram impedidas, já que todos tem potencial para tanto? Problema dois: não é esta mesma Manopla do Infinito que tinha deixado de funcionar de acordo com a vontade do tribunal vivo?
Problema Três: talvez alguém levante a hipótese de que os caras deixaram acontecer certas catástrofes... belos heróis hein? Por isso que eu to do lado do Cap América na Civil War: Tony Stark e seus comparsas são um bando de féladasputas manipuladores e ponto final.



Se a história for “fora da cronologia”, vai ser outra bola fora. E grande. Se for no dias de hoje, a merda vai feder ainda mais, isso é fato.

Na verdade, a Marvel está se tornado especialista em fazer a merda feder. Matam Vingadores. Ressuscitam Vingadores. Wolverine não sabia nada. Wolverine agora sabe tudo. Matam Gavião Arqueiro. Ressuscitam. Matam de novo. Ressuscitam MAIS uma vez. Acho que ele é um sério candidato a coluna “O Alvo da Vez”. Sei lá. Acho que a Marvel ta meio que “perdendo o foco”, sabe?

Vou desviar bastante o assunto: na saga que está saindo lá fora (Civil War) vemos que o Thor vai voltar, mas não é o Thor, e sim um clone do mesmo, feito pelo Reed Richards. Agora me digam: por que diabos o Richards ia fazer um clone do loirão?? Fica meio que evidente que Mark Millar (adoro este cara) ia trazer o loirão com um conceito diferente (mais Viking de verdade? Tipo: eu MATO quem ficar no meu caminho... aliás, eu sou um dos maiores fãs que eu mesmo conheço de mitologia nórdica e logo mais escreverei sobre o assunto) e a Marvel por algum motivo vetou a coisa toda. A saga em si parece ser bem interessante (ver o Aranha revelar a identidade foi algo curioso, mas não tão perturbador, pois já zuaram tanto com a cronologia e vida deste personagem que eu me pergunto: alguém ae AINDA lê o aracnídeo? E outra: ta mais do que obvio que a mula Stark ta manipulando – e muito – o pobre coitado do Peter), mas esse lance do Thor foi uma bela duma escorregada... Claro que vai ser lindo ver o Viking dar um cacete geral em muita gente, mas, será que o resultado final presta? E por falar em não deixar no tumulo, parece que o Capitão Marvel original (Mar-vell) também vai voltar!! Bwhauhuehuwhueauhwuhuehwuhauhwuahauahuehuwhauhuaha!!

AH, esqueci de avisar: tem spoiler pra cacete aqui! É que eu realmente não me importo com isso, mal ae.

Tenha dó Marvel Comics!

Inovar sempre é bom, mas também é bom manter um pé na sanidade. O fato é que a industria das HQs necessita de renovação e, eu como tantos outros leitores na casa dos 25-30 anos estamos ficando de lado. Imaginem para quem cresceu lendo a Era de Ouro ver a zona estapafúrdia que tornou-se hoje em dia. Ta certo que as HQs mudaram sua forma de ser, desde os anos 80, mas você desconsiderar toda e qualquer morte ou evento importante, ae já falta de respeito demais com os leitores “clássicos”. Mas afinal, que se fodam eles, não é mesmo? Pesquisas indicam que 90% do publico consumidor deste tipo de mídia tem idade media de 13-21 anos... Portanto. Eu to ficando velho e chato!

E eu mudei totalmente o foco do post... pra variar!

Alcofa (escutando a discografia megafodônica do Eidolon... puta que pariu, que som fodido!!!)
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Friday, December 15, 2006

Melhores do Ano, e uma visão da hipocrisia da humanidade!

Pela primeira vez em anos, eu consegui esperar até o mês de dezembro para fazer o melhores do ano no Heavy Metal. Portanto, sem mais delongas, vamos ao que interessa:

Annihilator: Schizo Deluxe
Jeff watters deve ser colocado em um pedestal. Chega a ser triste o fato deste cara não ter alcançado um status de um Megadeth (banda esta que ele já foi convidado para tocar), mas tirando este pequeno detalhe, o cara manda muito bem! O ultimo álbum da banda, All for You, desagradou muita gente e agradou a mesma quantidade. Foi um álbum do tipo “ou você ama, ou odeia”. Eu faço parte da primeira turma. Com este novo álbum, Jeff além de ter composto mais um clássico da banda (uma verdadeira aula de Thrash Metal com uma sonoridade moderna, sem parecer comercial), mostra a cada dia que se passa que é um produtor fodido mesmo. O cara arregaça atrás da mesa! Nota 10!



Manowar: Sons of Odin
Que o novo álbum do Manowar ainda não saiu, isso é fato. Mas o single já ta rolando há algum tempo. E pelo single já dá para ter uma idéia do que vem por ae. O Manowar mantém a linha épica do álbum anterior, mas deixou a coisa AINDA mais épica. Talvez isso tenha alguma influência do Rhapsody of Fire (banda esta que Joey DeMaio é empresário). Sinceramente, não vou opinar. Mas vale muito a pena pelo excelente trabalho vocal de Eric Adams, que com o passar do tempo cada vez melhor. Se o som do Manowar já encheu o saco? Sinceramente, SIM! É só para os fãs mesmo, que não se cansam de ouvir canções extremamente parecidas, mas ainda assim dotadas de uma FORÇA terrível.

Evergrey: Monday Morning
Eu nunca dei muita atenção para o Evergrey, e sinceramente continuo a não dar. É uma banda de altíssimo nível, com musicas que beiram o brilhantismo. Então porque diabos eu comecei assim? Eu nunca tive muita paciência para sons “pomposos” ou com três mil notas por minuto. Eu realmente NÃO ODEIO Dream Theater, mas as musicas me dão sono. Mas esta banda aqui eu realmente aprecio de vez em quando. Este ultimo álbum dos caras vem com uma sonoridade bem mais direta, algo que deve ter desagradado um pouco os fãs mais antigos. Mas para os novos como eu, talvez faça com que eles voltem suas atenções para a discografia da banda. Bom álbum.



Desperados: The Legend and Truth
O primeiro album do projeto foi muito bom. Na verdade, foi perfeito. O segundo vem um pouco mais “fraco”, no que se refere ao metal, mas nas partes que tem elementos de trilhas sonoras de Velho Oeste, este melhorou – e muito – com relação ao anterior. Som de banjo, gaita, assobios (na melhor tradição do mestre Enio Morricone), bandolim, tiros, galopes, enfim, você acaba “enxergando” o Velho Oeste em alguns momentos. Altamente recomendado para quem ainda não escutou.

Rebel Meets Rebel
Sei lá o que escrever sobre este álbum. Metal Country? Southern-Country-Fucking-Metal? Bom, a única coisa que eu realmente sei é que aqui você vê o saudoso Pantera em ação, com a voz de Allan Coe. As músicas são viciantes até dizer chega. Não tem destaque. O álbum é perfeito do inicio ao fim. Gostei tanto que até comprei o original importado. Dizer que é obrigatório seria ridículo da minha parte



Trivium: The Crusade.
Eu até gosto de algumas coisas de Metal-Core. Bandas como Killswitch Engage fazem um som legal. Este gênero musical não é de fácil digestão. Mas é legal. Eu conheci o Trivium bem tarde, no começo deste ano. Os dois primeiros álbuns da banda (Ember to Inferno e Ascendancy) são PERFEITOS. Os dois são puramente Metal-Core, mas tem um pé mais no metal do que no Core sacaram? O vocalista já tinha assumido que não estava mais agüentando cantar da maneira apropriada ao gênero (urrando) e, assumiu que iria cantar em uma linha parecida com a de James Hetfield lá pelos idos do ...and Justice. Ou seja, a melhor fase do cara que já foi o melhor frontman da história do metal, por mais que a galera anti-Metallica não admita. Saiu o tal do álbum, o The Crusade.
PUTA QUE O PARIU! QUE SOM DO CARALHO!
Eu defino este álbum como um dos três melhores de 2006. Sim, é isso mesmo. Fazia MUITO TEMPO que eu não escutava vezes seguidas um álbum, e com este aqui ta rolando de maneira absurda. O álbum não é perfeito. Tem esta ou aquela composição que você escuta e fala “poderia ter ficado melhor”. Mas analisem a carreira dos caras. Três álbuns aclamados pela critica especializada, recebendo quase sempre nota máxima ou próximo disso. Muita gente que o Trivium ta copiando o Metallica. E dae? Foda-se! Pelo menos os caras optaram por fazer o som que o Metallica largou mão de fazer. Se você ainda conhece o Trivium e gosta de Metal, eu aconselho começar por este aqui.



Slayer: Christ Illsuion
Quando Paul Bostaph saiu do Slayer, eu fiquei triste de verdade. Nada contra Dave Lombardo, mas eu realmente sou fã do Bostaph, principalmente ao vivo, porque dá para ver o quão “cavalo” esse cara pode ser quando quer. Feliz foi Gary Holt (Exodus) que já tratou de chamar o cara. A volta de Dave foi algo gratificante de qualquer maneira, pois ele é um exímio baterista e, quando tem ESPAÇO para compor, ele detona de verdade. Vejam como exemplo perfeito o clássico The Gathering do Testament (banda esta que literalmente morreu depois deste álbum. Se morreu, morreu de maneira perfeita : p). O álbum é excelente, mas a parte da bateria ficou com aquele de ar “poderia ser melhor”. Sem desmerecer este lançamento, claro, mas comparem com citado do Testament... Enfim, o Slayer mais uma vez agrada e muito seus fãs, trazendo algumas composiçoes com cara de old-school total e, algumas com uma levada lotada de partes cadenciadas, como a maravilhosa Cult. Também sou da opinião que é o substituto perfeito para o Seasons in the Abyss (que AO MEU VER é o melhor álbum da banda). Excelente álbum, mas não perfeito, no quesito bateria.

Eidolon: todos
Por incrível que pareça, eu NÃO CONHECIA o Eidolon. Um verdadeiro pecado. Esta banda é no mínimo, espetacular. Os caras fazem um som na linha de bandas como Nevermore e Iced Earthm ou seja, aquele power metal com muitos toques de Thrash Metal. Para quem é fã de palhetadas abafadas, qualquer álbum dos caras é prato cheio. O ultimo álbum teve uma mudança de vocalista e, sinceramente, eu acho que a banda perdeu com isso. O vocalista anterior tinha uma maneira de cantar parecida com a de Halford na época do Fight (ou seja, excelente). Aconselho qualquer álbum desta banda. Para quem não conhece e quer ter uma idéia do calibre dos caras, o atual line up do Megadeth tem dois membros do Eidolon, os irmãos Dover (guitarra base e bateria). No Eidolon você vê o calibre dos caras e, sabendo que o novo álbum do Megadeth vai ter composições com ambos e produzido pelo mega fodônico Andy Sneap... sei não, mas acho que o novo do Megadeth está cotado para ser um dos melhores doa no que vem!

Brand New Sin: BNS (2002), Recipe for Disaster (2005) e Tequila (2006)
Outra banda que eu conheci muito recentemente. O BNS é cara do BLS no começo de carreira. Já está explicado o porque da paixão imediata né? Os caras mandam ver um Souther Rock com muitos elementos de Metal, Rockão básico, Hard Rock e um pouco aqui e acolá de Stoner Metal. É difícil rotular o som da banda, mas como diria o eterno (e saudoso) Chuck Chuldiner : “Os rótulos servem para que? Se for metal e for de qualidade, ótimo”. Mais sábio que isso, impossível. Pior é que eu já tinha escutado sobre o BNS, através do Zakk Wylde. No seu mais recente DVD (que é obvio que eu já tenho) ele cita a banda como uma das que está excursionado com eles. É sempre assim, eu sempre ignoro algumas coisas que estão estampadas na minha cara. Antes tarde do que nunca. Uma das coisas mais legais do BNS (além de uma sonoridade que lembra o BLS) é o vocalista, que tem um timbre para lá de carregado, um pouco rouco em certos momentos. A maneira de cantar lembra (veja, eu disse LEMBRA) Lemmy Kilmister e Zakk no começo do BLS. Ultra mega hiper recomendado. Dica do eterno mega fodônico Doggma. Esse cara é foda para me dar umas dicas de vez em quando! Valeu irmão!



Black Label Society: Shot to Hell
Eu sou um dos maiores fãs do BLS que eu mesmo conheço. Tenho boné, camiseta, já encomendei jaqueta e ainda vou tirar uma foto com o Zakk qualquer dias desses. O BLS tem um som único, poderoso. Até um certo momento, o som da banda era uma mistura perfeita de Pantera com Black Sabbath. O auge da banda com certeza foi na época do Blessed Hellride, mas o meu preferido ainda é o Stronger than Death. De uns tempos para cá, Zakk mudou um pouco o estilo das composições, deixando o foco mais na direção do “Southern Metal”. As baladas da banda são perfeitas, mas as musicas com aquele “punch” inicial, estão ficando um pouco de lado. Com o lançamento do novo álbum, Zakk meio que fez uma mistura do maravilhoso “Hangover Music Vol 6” e o “Mafia”. Saiu muito bom, mas não maravilhoso como os anteriores. Digamos que a banda esteja envelhecendo e, Zakk talvez esteja cansado de tocar os sons iniciais da banda. Prova disso é o mais recente DVD, que é muito bom, mas praticamente não tem NADA do começo do BLS, o que é um verdadeiro pecado. Se você assistir o 1o DVD e ver o 2o na seqüência, terá a impressão de que ficou bom, mas com aquele sentimento de “ta faltando algo”. Enfim, voltemos ao álbum (quando eu falo de BLS eu me empolgo de verdade!). ora compôs canções melódicas (e todas que Zakk faz com o piano sempre são muito boas), ora compõe algumas na linha “Southern Metal”. Enfim, mais um ótimo álbum que manteve o nome do BLS lá em cima, mas não manteve a tradição de quebrar o pescoço do Alcofa, nem foi o melhor do ano.Esta posição foi disputada tapa a tapa entre o Trivium e o Slayer. Muita gente pode falar “o Alcofa ta maluco de falar tão bem do Trivium”, mas eu realmente tenho fé nos moleques ae. Tem futuro!

O ano de 2006 foi mega fodônico para o Metal, e 2007 ao meu ver promete muitas surpresas, pois teremos o novo do Megadeth (muito aguardado), novo do Metallica (esse eu não tenho expectativas), novo do Judas e do Halford (eu espero mais pelo segundo), um possível ao vivo do Trivium, ao vivo do Nevermore (já confirmado) e algumas coisas dispensáveis, como MAIS UM DVD DO MANOWAR!!! Alguém ae ainda assiste? Sou fã da banda, mas tem uma hora em que enche o saco...


E antes de finalizar de vez o post, uma nota sobre a hipocrisia.

Foda-se o Natal. De verdade. Eu eralmente odeio esta data. Nada a ver o com o espírito religioso da coisa toda, mas sim com a porra do espirito natalino. As pessoas só pensam (em sua grande e esmagadora maioria) nas outras uma vez por ano. UMA MALDITA VEZ POR ANO. As pessoas saem cumprimentando Deus e o mundo uma vez por ano. Só se abraçam e dizem "eu te amo" uma vez por ano. Nos outros 364 dias, elas falam mal, matam, difama, fofocam e todo o tipo de merda possível e imaginável. Só pensam e fazer caridade uma maldita vez por ano. Eu odeio isso. É hipocrisia aberta e descarada.

Foda-se o Natal. E tenho dito.

Alcofa (escutando quase sem parar (não necessariamente nesta ordem) Trivium, Slayer, BNS, Eidolon e RmR... 2006 foi mega fodônico para o metal! Que venha logo 2007!)
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Monday, December 11, 2006

Um clássico eterno!

Uma obra que tenha diversos elementos diferenciados de cultura pop é algo que costuma chamar muita atenção e, volta e meia, desagradar muita gente. Uma obra que tenha elementos de Western Spaguetti, filmes de Kung Fu, Anime, personagens caricatos no melhor estilo da linha Vertigo, e uma dose aqui e acolá de Splatter, ao meu ver é algo deveras audacioso, não é mesmo?

Pois eu estou falando de uma obra de um dos melhores criadores de boas histórias dos ultimos 10 anos.

Eu estou falando de Quentin tarantino e seu fantástico Kill Bill.



Acho que não tenho muitas linhas para falar sobre isso. Já escreveram milhões de caracteres sobre esta obra. E muita gente bem melhor do que eu já fez isso. Mas o que eu realmente queria esplanar aqui são as referências mais legais de KIll Bill, que muita gente NÃO pegou, principalmente no Volume 2, que ao meu ver é tão bom ou melhor quanto o primeiro.

O segundo filme é um verdadeiro Western Spaguetti, em todos os momentos. O primeiro é um grande filme de ação desenfreada, você mal consegue respirar, uma verdadeira carnificina. No segundo, nós temos um estilo de narrativa clássica e autentica do genero que ficou imortalizado nos anos 60-70. Eu mesmo sou um fã do gênero e, me emociono com algumas cenas do Volume 2. Estes dois filmes ficam melhores com o passar do tempo e, principalmente o segundo, que foi tão mal compreendido por muita gente.

O capítulo do Flash Back é uma homenagem gritante ao Western Spaguetti e os filmes Wuxia (ou Wusha) antigões. Nestes dois gêneros era muito comum a parada total do enredo para um flashback gigantesco, mostrando o porque do herói ser tão fodão (Wuxia) ou o porque dele ser tão enigmático (Western). Os filmes de faroeste spaguetti antigões também tinham uma caracteristica muito óbvia: voc~e nunca sabia direito se o herói era realmente um herói mesmo, ou se ele era só mais um safana qualquer. O personagem Blondie, imortalizado por Clint Eastwood na eterna e perfeita Trilogia dos Dólares (Por um Punhado de Dólares, Por uns Dólares a mais e o maravilhoso O Bom, O Mau e O Feio)era o exemplo-mor disso que estou falando. e Beatrix Kido fica no meio termo. Tudo bem que ela tinha todos os motivos do mundo para se vingar, mas desde quando ela é uma heroína? Ela era uma matadora profissional! Era uma pessoa que realmente não prestava. Dae a "influência" do Western Spaguetti na obra.



Outra característica marcante da obra: os personagens pitorescos na melhor linha de HQs clássicas como Preacher e Hellblazer. O Xerife que vai investigar o tal Massacre poderia estar em qualquer edição de Preacher facilmente. A maneira como Tarantino faz seus personagens ganharem vida na tela é muito semelhante a de HQs de boa qualidade: diálogos bem sacados e muitas peculiaridas pipocando a todo o momento, numa chuva tamanha de informação que, se você descuidar, voce deixar passar vários detalhes, que podem ser citações a cultura pop/nerd, frases célebres e várias outras "deixas".

A "luta das loiras" no Volume 2 figura entre o que de há de melhor entre ambos os filmes. A selvageria da mesma é digna das melhores HQs de quebra pau, que eu tanto gosto de escrever sobre as mesmas. Outra coisa muito bacana que os caras conseguem inserir nesta luta é o famoso "momento de espera", quando ambas possuem uma Hattori Hanzo em mãos e, ficam se estudando só com o olhar. Isto é algo tradiconal em obras orientais de Samurais principalmente. É só pegarem qualquer edição do Lobo Solitário e vocês notarão isso.



O tão comentado final é o grande apice do filme. O diálogo entre Beatrix e Bill é soberbo, cheio de referencias a tudo (mitologia das Hqs, cultura oriental) e, a luta que não agradou muita gente, ao meu ver, é perfeita em tudo: inicio, meio e fim, com o golpe secreto de Pai Mei. Muita gente se decepcionou porque queria ver algo na linha do Volume 1, mas como eu disse, este filme é um verdadeiro Western Spaguetti. Assistam qualquer filme da trilogia que citei que vocês iriam pegar a idéia que quis passar aqui. Vários filmes (inclusive o clássico O Bom, O Mau e O Feio) tem um filme na mesma linha, com muitos diálogos e uma batalha tão rapida que muitas vezes você fica sem entender direito o que rolou na tela.

Talvez Tarantino faça um Volume 3 daqui uns 10-15 anos. Eu realmente não espero. Não que não seja necessário. Mas o filme foi perfeito do inicio ao fim. Ao meu ver (e eu morro defendendo esta visão) obras como essa devem terminar por ae, porque muitas vezes continuações estragam de verdade certos conceitos.

Enfim, Kill Bill é algo para se ter em casa, ver, rever, ver novamente e comentar com os amigos.

Um clássico eterno.

Alcofa (que neste fim de semana viu novamente os dois filmes, um atrás do outro, e continua achando o segundo com mais cara de "clássico" que o primeiro. Escutando um bootleg do Nevermore ... ta na hora de sair um oficial)
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Friday, December 08, 2006

Kirkman, um cara que realmente merece atenção

Invencível. Os Mortos Vivos. Battle Pope. Marvel Team Up. Marvel Zombies. E mais alguma coisa ae que eu provavelmente to deixando de fora. Tornei-me fã do Robert Kirkman em tempo recorde, ao ler o primeiro arco de HQs do Invencível.

O que vemos ali é um texto claro, coeso, divertido, extremamente atual e, contraditoriamente, clássico. As HQs do Invencível lembram, e muito, a fase áurea e clássica do Homem Aranha. Vemos um garoto qualquer tentando lidar com seus poderes e tentar levar a vida da maneira “mais normal” possível, dentro do quesito normalidade da família dele, afinal, seu pai é o super herói mais poderoso da terra.



Kirkman consegue abraçar um publico bem grande com suas HQs. Mortos Vivos fala sobre os seres humanos em sua essência, e os defuntos ambulantes são meros coadjuvantes. Uma HQ daquelas obrigatórias para se ter em casa. Da mesma maneira que os filmes de George Romero, a HQ consegue com todo o louvor mostrar o que há de pior (e melhor) na escoria que somos nós, humanos. Até com Marvel Zombies ele conseguiu passar esta idéia, com um atormentado Homem Aranha “zumbificado” usando sua mascara para poder fugir da vergonha das atrocidades que cometeu desde o momento em que tornou-se zumbi. Sou fã de carteirinha destas aqui, mas, como eu sempre digo, os heróis “de capa e cueca por cima da calça” sempre foram as minhas leituras preferidas.



Nas HQs da Marvel Team Up ele consegue a mesma proeza que faz em Invencível: historias aparentemente “comuns” de heróis, mas que lá no fundo tem como objetivo maior divertir acima de tudo. E eu vejo as HQs assim, como um instrumento de diversão e entretenimento. E quer algo mais divertido do que Battle Pope?

Battle Pope pode ser considerada, ao lado de Groo, Plastic Man e algumas outras ae como um verdadeiro clássico no gênero “dar risada”. E olha que ela só teve 11 edições. O Papa poderia dar um cacete em vários vilões – e alguns heróis, inclusive – de qualquer universo. Merece o termo mega fodônico com todo o louvor. Agora com o relançamento pela Image Comics e em versão colorida (ficou muito bacana), rola um papo que talvez os autores originais retomem a série com uma periodicidade bimestral. Vamos torcer para isso!



As HQs de Kirkman em sua essência são puro entretenimento (excluindo Mortos Vivos, que lá no fundo dá para fazer boas reflexões com as histórias, mas que também divertem igualmente como qualquer outra escrita por este cara), e isso faz dele um cara “monstro” no meu conceito de escritores de HQs, ao lado de caras como John Byrne (que não agrada todo mundo), Garth Ennis, Marv Wolfman e Geof Johns. Não, eu não estou esquecendo caras como Alan Moore, Grant Morrison, Frank Miller e tantos outros “gênios”, mas acho que as HQs que eles escrevem, no geral, não são “puro entretenimento”. São obras para você enxergar com uma visão um tanto diferente, mais aprofundada. E muitas vezes a obra destes escritores vem com dizeres do tipo “sugerido para leitores maduros”. Mas algumas são uma viagem TÃO GRANDE que é melhor você fumar um baseado (maconha, para os leigos) antes – e depois! – de ler tais HQs.

Eu sou da turma que gosta de ler HQs descompromissadas. Sim, eu não ignoro coisas como “A Liga Extraordinária” nem “Flex Mentallo”, muito menos o lendário “Cavaleiro das Trevas”, mas eu realmente ADORO ver uma HQ simples na sua proposta e competente no resultado final. E neste quesito o Kirkman realmente arregaça!

PS: a Panini vai lançar uma versão única de Cavaleiro das Trevas, com a original e sua seqüência, tudo junto... alguém ae ta pensando em 70 reais??

Alcofa (que ta desesperado atrás dos scans de Battle Pope, pois os meus foram afanados por um maledito ae ... tava gravado em cdr e o féladaputa fez o grande favor de sumir com o cdr... Escutando o primeirão do Brand New Sin, auto intitulado... cara, cada dia que passa eu gosto mais desta banda!)
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Monday, December 04, 2006

Este REALMENTE vale a pipoca!

Sou cinéfilo de carteirinha e, como um bom paulistano, adoro ir ao cinema. Detesto Shopping Center (lugarzinho de gente fútil que até enoja), mas admito que as melhores salas de cinema quase sempre estão presentes nestes locais. Quando ouvi falar sobre "Crank", o novo filme do Jason Statham, que participou dos ultra mega ótimos fodoônicos "jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes" e "Snatch", além dos dois ultra mega forçados "Carga Explosiva", fiquei com um pé atrás. Sim, eu gosto de filmes "forçados". Até me diverti um pouco com os dois ultimos ae acima, mas ao meu ver, o Jason meio que perdeu aquela canastrice natural dele.

Resumindo: eu ia ver Crank, desisti em cima da hora.

Chego em casa, nada "baixando no pc", pensei comigo mesmo: vou dar uma chance a porra do filme. Download terminado, namorada do lado, pizza, coca e alguma vodka, estamos prontos para começar o filme...




Chev Chelios é um assassino veterano do crime organizado e, certo dia, ele tem a missão de apagar um poderoso chefão local. Serviço feito. Problema é que ao fazer isso, ele desperta a inimizade de muita gente, que decide mata-lo de maneira irônica, bem indigna a um matador: envenenado. Colocaram um veneno em sua corrente sanguínea que, vai mata-lo aos poucos. Ao descobrir isso, o cara literalmente pira e sai num rompante de fúria digna de um verdadeiro Wolverine. Chelios descobre quem são as pessoas que fizeram isso com ele e decide matar todos eles, mesmos abendo que vai morrer no final do processo. Com o auxilio de um amigo seu, um doutor, ele descobre o que diabos injetaram nele e, como retardar o processo: manter a testosterona lá em cima e a adrenalina há mil por hora. No filme você verá de tudo, os esforços dele algumas vezes são bem sacados, mas no geral, é tudo muito engraçado. Cocaína, sexo no meio da rua, injeções de adrenalina na veia, mais de 150 por hora em um carro, enfim, o filme diverte bagarai.




Mas o que realmente me chamou a atenção do filme é a sua maneira de apresentar a história. Tudo muito rápido, ação desenfreada (sem perder o bom senso)e, uma linguagem de histórias em quadrinhos bem bacana. Vemos alguns flashbacks aqui e ali, reviravoltas no roteiro, cortes de cena para explicar o porque de tudo aquilo e, alguns angulos de camera bem legais mesmo.

Não vou falar mais sobre o filme para não estragar a surpresa de quem ainda não viu. Vale a pipoca. Diverte, totalmente descompromissado com seriedade e, ao meu ver, tem um pouco de 100 balas ali. Chev em vários momentos parece um dos Minutemen liderados pelo misterioso Agente Graves...

Claro que também tem a Amy Smart no filme, mas eu achei que os caras poderiam ter deixado ela peladinha na cena de sexo que não ia desagradar ninguém ...

Alcofa (contando os dias para entrar de férias e ficar dois dias inteiros debaixo de uma cachoeira... escutando o novo do Killswitch Engage ... manteve o nível)
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