Adaptando, remodelando, continuando...
É uma verdade um pouco triste o que vou relatar aqui, mas tudo na vida passa. Às vezes as coisas se adaptam, remodelam-se, continuam indo, mas jamais continuam as mesmas. Foi assim quando eu parei de jogar RPG (apesar de continuar lendo muito e traduzindo livros), foi assim quando eu parei de ver os comics como eu os via há 10, 15 anos atrás, e foi assim com o Heavy Metal. Tudo muda. Envelhecemos, amadurecemos (nem sempre, em alguns aspectos) e continuamos tentando manter os mesmos hábitos na medida do possível, algumas vezes com sucesso, outras nem tanto.
Lembro das tardes de domingo, lá pelos idos de 91-92, quando jogávamos RPG de maneira insana. Campanhas intermináveis, sempre com aquela eterna rixa com o mestre do jogo (eu só fui ingressar na loucura de ser mestre uns 2 anos depois de começar a jogar), que vivia nos sacaneando, mostrando que a historia era DELE, e não nossa (algo completamente errado). Mas era sempre divertido ver alguém tentar laçar um camelo com um chicote,ou o outro tentar entrar no canhão no lugar da bala para ser arremessado contra um monstro, ou aquele que queria crescer e engolir o sol... Enfim, toda aquela época teve sua magia, que jamais será esquecida.
Lembro de ir a vários shows locais de bandas de garagem, o que me levou a aprender tocar bateria na época (eu não tocava, eu literalmente esmurrava a bateria), que também me fez gostar das bandas grandes (lembro nitidamente que o primeiro som de metal que escutei foi Battery (Metallica) e achei aquilo lá algo verdadeiramente único), e me fez fazer um circulo de amizades completamente diferente do anterior descrito acima, onde nossa única diversão era viver pelo álcool, viver balançando cabeça e gritando feito malucos noite afora.
E também lembro da época dos empréstimos de HQ, daquelas que nunca voltaram (e jamais vão voltar) e daquelas que eu nunca devolvi pelo motivo acima. Tudo era diferente. Ler um numero de SAM era único, ver as HQS do Demolidor, as aventuras de Thor na fase do Simonson, as aventuras do Justiceiro, aquilo sim era bom de verdade! Claro que ainda tinha várias outras coisas boas, mas eu era jovem demais para absorver tais coisas, esta é a verdade.
Hoje, olhando para meu fiel copo de Jack Daniel’s com Coca-Cola ao meu lado (receita do eterno Lemmy Kilmister), lembrando dos bons amigos e camaradas que perderam contato com o passar dos anos, e daqueles com os quais eu passei infinitas tardes jogando, escutando metal, enchendo a cara e gritando “We shoot to Kill”, trecho da musica Bomber-Motorhead, discutindo se o Cap América ganha ou não do Batman (acreditem, esta discussão perdura há anos!), reclamando dos preços dos livros de RPG (graças a Deus que hoje existem os scans), enfim, aquele sentimento saudosista que muitas vezes se apossa de nós quando vamos ficando mais velhos e olhamos para trás e percebemos como foram bons aqueles anos perdidos, e quando nos olhamos no espelho no final do dia e vemos o quanto estamos envelhecendo...
A vida é bela e maravilhosa. Viver e morrer são ciclos naturais. Viver bem e realizar-se em definitivo é o grande segredo da vida. Não desperdiçar a vida com momentos vazios é o segredo de ser feliz. Se você curte seus amigos e gosta deles, faça questão de evidenciar isto, e celebre sempre sua amizade, porque amizade real hoje em dia é algo um tanto quanto raro hoje em dia. Se você realmente gosta da pessoa com quem vive, faça questão de evidenciar isso. Deixamos de ser felizes em vários momentos de nossas vidas porque vivemos numa defesa sem sentido.
Relembrem os bons momentos com aquele saudosismo que sempre nos acomete quando lembramos do passado, e sorriam quando realizarem isso.
Abração!
Alcofa (escutando uma musica que faz sentido com o post, a Tout le Monde do Megadeth)
Lembro das tardes de domingo, lá pelos idos de 91-92, quando jogávamos RPG de maneira insana. Campanhas intermináveis, sempre com aquela eterna rixa com o mestre do jogo (eu só fui ingressar na loucura de ser mestre uns 2 anos depois de começar a jogar), que vivia nos sacaneando, mostrando que a historia era DELE, e não nossa (algo completamente errado). Mas era sempre divertido ver alguém tentar laçar um camelo com um chicote,ou o outro tentar entrar no canhão no lugar da bala para ser arremessado contra um monstro, ou aquele que queria crescer e engolir o sol... Enfim, toda aquela época teve sua magia, que jamais será esquecida.
Lembro de ir a vários shows locais de bandas de garagem, o que me levou a aprender tocar bateria na época (eu não tocava, eu literalmente esmurrava a bateria), que também me fez gostar das bandas grandes (lembro nitidamente que o primeiro som de metal que escutei foi Battery (Metallica) e achei aquilo lá algo verdadeiramente único), e me fez fazer um circulo de amizades completamente diferente do anterior descrito acima, onde nossa única diversão era viver pelo álcool, viver balançando cabeça e gritando feito malucos noite afora.
E também lembro da época dos empréstimos de HQ, daquelas que nunca voltaram (e jamais vão voltar) e daquelas que eu nunca devolvi pelo motivo acima. Tudo era diferente. Ler um numero de SAM era único, ver as HQS do Demolidor, as aventuras de Thor na fase do Simonson, as aventuras do Justiceiro, aquilo sim era bom de verdade! Claro que ainda tinha várias outras coisas boas, mas eu era jovem demais para absorver tais coisas, esta é a verdade.
Hoje, olhando para meu fiel copo de Jack Daniel’s com Coca-Cola ao meu lado (receita do eterno Lemmy Kilmister), lembrando dos bons amigos e camaradas que perderam contato com o passar dos anos, e daqueles com os quais eu passei infinitas tardes jogando, escutando metal, enchendo a cara e gritando “We shoot to Kill”, trecho da musica Bomber-Motorhead, discutindo se o Cap América ganha ou não do Batman (acreditem, esta discussão perdura há anos!), reclamando dos preços dos livros de RPG (graças a Deus que hoje existem os scans), enfim, aquele sentimento saudosista que muitas vezes se apossa de nós quando vamos ficando mais velhos e olhamos para trás e percebemos como foram bons aqueles anos perdidos, e quando nos olhamos no espelho no final do dia e vemos o quanto estamos envelhecendo...
A vida é bela e maravilhosa. Viver e morrer são ciclos naturais. Viver bem e realizar-se em definitivo é o grande segredo da vida. Não desperdiçar a vida com momentos vazios é o segredo de ser feliz. Se você curte seus amigos e gosta deles, faça questão de evidenciar isto, e celebre sempre sua amizade, porque amizade real hoje em dia é algo um tanto quanto raro hoje em dia. Se você realmente gosta da pessoa com quem vive, faça questão de evidenciar isso. Deixamos de ser felizes em vários momentos de nossas vidas porque vivemos numa defesa sem sentido.
Relembrem os bons momentos com aquele saudosismo que sempre nos acomete quando lembramos do passado, e sorriam quando realizarem isso.
Abração!
Alcofa (escutando uma musica que faz sentido com o post, a Tout le Monde do Megadeth)