Monday, January 26, 2009

No poder?

Traições. Assassinato. Chantagem. Guerras. Mentiras. Comandar o jogo. Esse sempre
foi o papel dos militares no entretenimento e, porque não dizer, na vida real. Volta e meia pego alguma HQ para reler e a da vez foram as excelentes 18 primeiras edições de Poder Supremo. Lá, desde o inicio até a ultima edição, vemos o quão filho da puta as forças armadas são quando querem (e elas querem o tempo todo, acredite) e, principalmente, até que ponto a imagem de que um militar faz TUDO para cumprir seu objetivo.

Nos ultimos anos, a imagem dos militares vem sendo mais trabalhada (não no lado positivo) nas HQs. O passado do Capitão América vem sendo mais e mais explorado, e a volta de Bucky é prova cabal disso. Ele é um exemplo perfeito de um militar "de HQs". Nem vou citar o Cap Ultimate, senão me empolgo e fico só falando disso. Em Poder Supremo, vemos Joe Ledger e Hiperion até certo ponto como instrumentos das tramóias militares. Vemos o quão "convincente e persuasivo" o exercito pode ser quando quer e principalmente quando precisa. Nas HQs do Hulk o exercito SEMPRE foi um elemento importante, tanto quanto (ou talvez mais) que o proprio protagonista.



Mas Poder Supremo (e Rising Stars) abordam temas interessantes: se o exercito tivesse que lidar DE VERDADE com situações como as apresentadas nestes titulos, será que eles agiriam desta forma? E mais importante: será que eles deixariam memso que momentaneamente alguém "diferente" parecer que tem mais poder que eles?

O assunto guerra sempre foi de meu interesse e continua sendo. Sou uma das poucas pessoas que fala abertamente que o mundo precisa de guerras pra evoluir ou avançar socialmente ou filosoficamente em algum momento de sua história. E só pegarem livros de história que tudo isso está lá, principalmente na antiguidade. Não, não sou fã de ver gente carbonizada e estripada, mas é fato: a guerra fez com que a humanidade (e certos países em certos momentos, a Alemanha, por exemplo) tivesse um salto significativo.



Se seres super poderosos existissem, eles seriam armas do exercito ou seriam caçados até a morte. Já vimos isso em tudo quanto é canto, como em Heroes (que começou interessante e descambou pra uma merda fétida... Jeph Loeb está lá né?), nas HQs citadas e na telona. Zumbis não são super poderosos, mas são excelentes maquinas de matar e mias dificeis ainda de matar (ok, foi infame). Então, acho que os putrefatos podem entrar para a escala "super".

Quando as HQs são publicadas com teor "adulto" ou "realista", o exercito está lá. Na primeira edição ou no máximo na segunda. Se não aparecer até a terceira, tem alguma coisa errada nessa HQ ... Ora bolas, até nas HQs fantasiosas o exercito (ou uma força organizada de maneira militar) manda em quase tudo. Alguém quer exemplo maior que a Tropa dos Lanternas Verdes?

Acho que a maneira como muitas HQs hoje em dia são escritas e tentam se aproximar do mundo "real" são a exclamação máxima de mudança de idéias e como ver uma HQ nos dias de hoje. Acho que toda HQ tem seu publico, mas algumas tem seu publico bem "mutante". Digo isso porque DUVIDO que o cara que começou a ler X-Men, Vingadores, Liga da Justiça e qualquer outra com cuecas por cima das calças continue tão "inocente" como era no passado. Envelhecemos e passamos a ver as coisas com outros olhos e, muita da inocencia que existia se perde e isso fica só para os saudosista (eu). Tá certo que as vezes tramas elaboradas DEMAIS tornam-se belas bostas (Invasão Secreta), mesmo com um certo "cunho militar", afinal, uma invasão espacial organizada por uma das maiores potencias armamentistas da galaxia deve ser vista como uma operação militar. Uma bosta, mas ainda uma operação militar.



Talvez neste ponto alguem esteja se perguntando "o que diabos ele está querendo dizer no texto de hoje?". Respondo: que as HQs e seus personagens de hoje em dia estão cada vez mais tentando ser verossimeis, reais ou plausiveis e, em quase todos os casos, os fardados estão lá de alguma forma.

Sargento Rock era fantasioso. Supremos era fantasioso mas com os pés cravados na realidade e na atualidade. Acho que esse é o ponto que estou tentando explanar aqui.

Os militares são muitas vezes odiados, mas em muitos casos, importantes e valorosos nas nossas queridas HQs. Ou pelo menos, necessarios como os antagonistas que as vezes são vilões, as vezes são heróis, mas com certeza, são fundamentais em qualquer história que se diga "real".

Alcofa (que acha que Poder Supremo merecia um encadernado aqui, ao lado de Supremos Volume 2 ... escutando Painmuseum, American Metalhead)

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2 Comments:

Blogger JoaoFPR said...

Belo texto Alcofa, importante notar que em QUALQUER equipe (pelo menos que eu recordo), tem um militar (ou que teve a ver com o governo.
Um exemplo interessante era o Capitão Atomo, que servia como uma espécie de espião das Forças Armadas.
Abração.

2:59 PM  
Blogger Alcofa said...

falae João! Cara, acho que tua afirmação ta correta... mas tem alguns casos (Quarteto Fantastico, X-men (se bem que o bostarine ja foi militar ... alias, acho que el ja foi até prostituta) que talvez isso não seja real... não que eu me lembre agora!

E o plot do Capitão Atomo era ótimo quando ele surgiu! Pena que os caras foram deixando isso de lado com o passar dos anos ...

gde abraço!

4:40 AM  

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