Cinema Nacional de Qualidade ... e muita!
Volta e meia eu vejo alguma coisa do cinema nacional. Não que eu tenha a “mente fechada” com películas produzidas em terras tupiniquins, mas sou sincero quanto a isso: o cinema nacional saiu da fazer “engatinhar” e está dando seus primeiros passos.
Acho que a grande maioria dos filmes nacionais tem um “corpo” muito parecido. Não sei se é pelo fato da galera fazer faculdade de cinema tudo no mesmo canto (hehehe) ou se existe alguma tendência, mas isso é fato. Obras que tenham uma veia cômica mais nítida geralmente são as que se destacam mais, como “O Alto da Compadecida” e, algumas tentativas diferentes conseguem ter algum êxito.
Mas e quando você consegue ver um filme nacional PERFEITO?
Pior: e se você assiste DOIS FILMES assim?
Quando eu vi que a obra de Lourenço Mutarelli, O Cheiro do Ralo,seria adaptada para a telona, eu nem me choquei, afinal, o livro é realmente muito bacana de se ler. Acho que ele é quase um raio-x de muitos seres humanos que vemos por ae afora. Volta e meia eu me identifiquei no livro, principalmente nas partes “podres”, afinal de contas, um dos dizeres do meu blog é “seguindo a bunda maravilhosamente redonda de uma mulher”. Neste fim de semana peguei o tal filme para assistir, pois em sua estadia no cinema eu deixei passar, de propósito mesmo. Eu já tinha lido o livro e, como quase sempre o livro é melhor que o filme, não fiz muita questão. Mas e quando o filme consegue ser tão bom (e em alguns momentos melhor ainda) quanto o livro?
A linguagem usada no filme é única. Cenas paradas o tempo todo e, quando existe alguma movimentação real no set, você percebe nitidamente que isso está sendo feito sempre com a câmera no ombro. Mais underground impossível. Mas eu acho que este não é o verdadeiro mérito do filme. Nem de longe. Ele não tenta ser underground e muito menos mainstream. Ele tenta ser ele mesmo. Ele tenta ser o livro e mais um pouco. E consegue com todos os méritos possíveis e imagináveis.
Selton Mello no papel de Lourenço está perfeito. Ele disse que este até o momento foi o papel de sua vida. E acho que ele tem razão. Todos os atores no filme são soberbos (principalmente a garçonete e sua bunda ultramegahiper maravilhosa!), mas nem isso conta. Na verdade, o filme é um grande espelho da alma humana em diversos aspectos e, eu consegui assistir o mesmo duas vezes. E ainda vou ver mais uma. Ta. Eu admito: as cenas da bunda eu já vi umas quinhentas vezes... Fazer o que? A única coisa que eu posso dizer sobre este filme, de verdade: único e singular.
O segundo filme que eu vi foi algo que vazou e deu até prisão. Quando eu fui comprar no camelódromo (este nome é ridículo, porem é mais do que perfeito) Tropa de Elite, eu também comprei sem nenhuma expectativa. E minha surpresa e satisfação foi tão grande quanto.
O filme mostra a rotina de alguns personagens envolvidos diretamente com o BOPE, que é a policia especial do Rio de Janeiro (semelhante ao GOEe e a Rota de São Paulo, mas eles tem um caráter mais militar, menos policial) e, mostra isso de maneira tão crua e precisa que em certos momentos você chega a achar que é um documentário.
Muita gente diz que o filme é violento demais, que isso, que aquilo, e ae aparecem aqueles idiotas dos direitos humanos e seu eterno blá-blá-blá. Enfim: não vou entrar em detalhes políticos e muito menos expressar a minha opinião real e muito sincera sobre como eu acho que a policia deve lidar com “meliantes” e, o fim que eu gostaria que cada membro dos direitos humanos tivesse quando eles vão defender caras que cometem as maiores atrocidades possíveis e imagináveis, mas nunca vão ver as famílias prejudicas por estes... Enfim, excelente filme.
Excelente Livro também ...
Acho que estes dois casos são exemplos do tipo “tapa na cara” de que é possível ser feito (e muito bem feito, em ambos os casos citados) filme nacional de qualidade e que agrade públicos diversos.
Um ultimo adendo: meu post abaixo é um pouco velho, pois netse feriadão eu fui novamente ao Rio e fiquei só en Niterói e, lá estava eu vendo umas tatuagens para fazer e, amigo meu chega e diz: Tá na dúvida, meu irmão? Faz "faca na caveira logo, porra!"
Alcofa (que está tentando comprar “O Cheiro do Ralo” em sampa e não encontra!!! Quando eu li, foi emprestado. Mas dar um role nos sebos valeu a pena: comprei 3 volumes do Sandman da Conrad em perfeito estado por 35 paus cada! E também to querendo comprar o Elite da Tropa, mas como o filme ta em evidencia demais, vai ser tão complicado quanto...)
Acho que a grande maioria dos filmes nacionais tem um “corpo” muito parecido. Não sei se é pelo fato da galera fazer faculdade de cinema tudo no mesmo canto (hehehe) ou se existe alguma tendência, mas isso é fato. Obras que tenham uma veia cômica mais nítida geralmente são as que se destacam mais, como “O Alto da Compadecida” e, algumas tentativas diferentes conseguem ter algum êxito.
Mas e quando você consegue ver um filme nacional PERFEITO?
Pior: e se você assiste DOIS FILMES assim?
Quando eu vi que a obra de Lourenço Mutarelli, O Cheiro do Ralo,seria adaptada para a telona, eu nem me choquei, afinal, o livro é realmente muito bacana de se ler. Acho que ele é quase um raio-x de muitos seres humanos que vemos por ae afora. Volta e meia eu me identifiquei no livro, principalmente nas partes “podres”, afinal de contas, um dos dizeres do meu blog é “seguindo a bunda maravilhosamente redonda de uma mulher”. Neste fim de semana peguei o tal filme para assistir, pois em sua estadia no cinema eu deixei passar, de propósito mesmo. Eu já tinha lido o livro e, como quase sempre o livro é melhor que o filme, não fiz muita questão. Mas e quando o filme consegue ser tão bom (e em alguns momentos melhor ainda) quanto o livro?
A linguagem usada no filme é única. Cenas paradas o tempo todo e, quando existe alguma movimentação real no set, você percebe nitidamente que isso está sendo feito sempre com a câmera no ombro. Mais underground impossível. Mas eu acho que este não é o verdadeiro mérito do filme. Nem de longe. Ele não tenta ser underground e muito menos mainstream. Ele tenta ser ele mesmo. Ele tenta ser o livro e mais um pouco. E consegue com todos os méritos possíveis e imagináveis.
Selton Mello no papel de Lourenço está perfeito. Ele disse que este até o momento foi o papel de sua vida. E acho que ele tem razão. Todos os atores no filme são soberbos (principalmente a garçonete e sua bunda ultramegahiper maravilhosa!), mas nem isso conta. Na verdade, o filme é um grande espelho da alma humana em diversos aspectos e, eu consegui assistir o mesmo duas vezes. E ainda vou ver mais uma. Ta. Eu admito: as cenas da bunda eu já vi umas quinhentas vezes... Fazer o que? A única coisa que eu posso dizer sobre este filme, de verdade: único e singular.
O segundo filme que eu vi foi algo que vazou e deu até prisão. Quando eu fui comprar no camelódromo (este nome é ridículo, porem é mais do que perfeito) Tropa de Elite, eu também comprei sem nenhuma expectativa. E minha surpresa e satisfação foi tão grande quanto.
O filme mostra a rotina de alguns personagens envolvidos diretamente com o BOPE, que é a policia especial do Rio de Janeiro (semelhante ao GOEe e a Rota de São Paulo, mas eles tem um caráter mais militar, menos policial) e, mostra isso de maneira tão crua e precisa que em certos momentos você chega a achar que é um documentário.
Muita gente diz que o filme é violento demais, que isso, que aquilo, e ae aparecem aqueles idiotas dos direitos humanos e seu eterno blá-blá-blá. Enfim: não vou entrar em detalhes políticos e muito menos expressar a minha opinião real e muito sincera sobre como eu acho que a policia deve lidar com “meliantes” e, o fim que eu gostaria que cada membro dos direitos humanos tivesse quando eles vão defender caras que cometem as maiores atrocidades possíveis e imagináveis, mas nunca vão ver as famílias prejudicas por estes... Enfim, excelente filme.
Excelente Livro também ...
Acho que estes dois casos são exemplos do tipo “tapa na cara” de que é possível ser feito (e muito bem feito, em ambos os casos citados) filme nacional de qualidade e que agrade públicos diversos.
Um ultimo adendo: meu post abaixo é um pouco velho, pois netse feriadão eu fui novamente ao Rio e fiquei só en Niterói e, lá estava eu vendo umas tatuagens para fazer e, amigo meu chega e diz: Tá na dúvida, meu irmão? Faz "faca na caveira logo, porra!"
Alcofa (que está tentando comprar “O Cheiro do Ralo” em sampa e não encontra!!! Quando eu li, foi emprestado. Mas dar um role nos sebos valeu a pena: comprei 3 volumes do Sandman da Conrad em perfeito estado por 35 paus cada! E também to querendo comprar o Elite da Tropa, mas como o filme ta em evidencia demais, vai ser tão complicado quanto...)
2 Comments:
Tropa de Elite é mesmo muito bom
e pra bandido tem que meter "faca na caveira" mesmo.
Well written article.
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