Tuesday, February 17, 2009

Mistura simples, porém EXTREMAMENTE funcional!

Nunca fui muito fã de mangás (com as exceções dos quais sou fã assumido: Dragon Ball, Yu Yu hakusho, Ranma 1/2 e Lobo Solitário) nem de séries como Barrados no Baile e afins (qualquer uma que trate do dia a dia de adolescentes ou pessoas). Mas atentem que eu disse que nunca fui MUITO fã, o que que não significa que eu não o seja. Gosto de ver seriados, mas como minha vida anda ultra mega corrida, confesso que só estou acompanhando Lost, pois virou obrigação ver aquele negócio até o fim, e admito que AMO a série, mesmo com seus altos e baixos, e infelizmente com isso deixo passar coisas como "House", "Prison Break", "Dexter" (vi a primeira tempoarada e adorei a idéia) e tantas outras ...

Mas de vez em quando encontramos algumas coisas no passatempo preferido de muitos (ler HQs) que acaba por misturar tudo isso que falei e mais um pouco. E hoje, eu me refiro aos albuns de Scott Pilgrim.



A HQ mostra o dia a dia de Scott, um cara com 23 anos de idade que vive com problemas "comuns" do dia a dia de todo mundo. Comuns até onde você possa entender assim, porque a série as vezes perde TANTO o tom da realidade que chega a ficar hilário. Scott mora numa espécie de kitnete (nunca sei como se escreve esse negócio) com seu amigo gay e ambos dormem juntos no mesmo colchão, mas Scott NÃO É gay (pelo menos ele afirma isso com todas as suas forças). No inicio, vemos seu dia a dia de desempregado e seus ensaios com sua banda, até quando ele decide arrumar uma nova namorada (pois já está há praticamente um ano solteiro) e acaba por conhecer Knives Chau, uma jovem de 17 anos que fica muito apaixonada por ele, mas o sentimento não é lá tão reciproco assim ...



Dia vai, dia vem , e Scott acaba por conhecer Ramona Flowers (ok, o nome É ridiculo). Ele literalmente fica de quatro pela moça (que tem mais ou menos sua faixa etária) e acaba se envolvendo com a mesma. Mas isso sem dispensar Knives, o que acaba gerando um desconforto entre ele e seu amigo gay. Confome os dias vão passando, Scott recebe uns emails para lá de esquisitos o desafiando para uma batalha mortal, mas ele mal lê os mesmos por achar isso uma besteira descabida.

E é daqui pra frente que a série perde o tom de vez... e fica MUITO engraçada!

No dia em que uma apresentação de bandas (na qual a banda de Scott participa), ele acaba sendo atacado por um maluco dotado de habilidades tipicas de um lutador de videogame, como Street Fighter, por exemplo. Ocorre uma luta frenética (e forçada pacas) com direito a fireballs e high punchs (no melhor estilo sho ryu ken) e neste ponto descobrimos que Scott além de musico e "pegador", também é um lutador!

A coisa toda descamba pro absurdo deste ponto para frente na série, porque você descobre que Scott para poder namorar com Ramona tem que lutar com "os 7 ex-namorados malignos de Ramona" para poder ficar em paz com a moça!!! As coisas ficam TÃO absurdas que até itens de power up aparecem depois de uma luta, junto com dinheiro!



Descompromissada do jeito que deve ser, sem querer ser unica, apenas querendo ser boa, esta série me cativou de imediato antes do final do primeiro volume. A série tem 5 volumes até então (de um total de 6) e é lançada praticamente uma vez por ano. Cada volume varia entre algo de 170-200 paginas cada. Esta comédia de ação romantica sobre rock and roll (???) é muito bacana MESMO! Só li os dois primeiros volumes (via scan, claro) mas to toda hora enrolando um pouco de trampo pra dar uma lidinha durante o dia... Altamente recomendado! E como vai sair um filme sobre a mesma neste ano (dae meu interesse em conhecer a série) aconselho a leitura ! Se você é fã de séries como Ranma 1/2, que tem como caracteristicas a comédia romantica recheada com lutas absurdas, acho que você dev conhecer a série...



Alcofa (que achou meio tosco a maneira como o segundo ex namorado do mal foi derrotado... escutando A-Lex, Sepultura. Resenha logo, logo!)

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Tuesday, February 10, 2009

Encarnando o Demônio com Jesus Kid?

Finalmente assisti o tão comentando "A Encarnação do Demonio", com José Mojica voltando a seu tão ilustre Zé do Caixão. Dá pra ver o filme sem ter assistido aos anteriores, mas se você tiver conhecimento dos mesmos, melhor. Confesso que de uns anos pra cá tenho dado mais chances ao cinema nacional, o qual eu sempre repudiei. Não me perguntem o porque. Simplesmente o fiz. Mas este filme aqui entrou pra lista do "não vejo novamente nem que me paguem". Por que? O roteiro é ruim, as atuações são horríveis e acima de tudo, soa vazio, desconexo. Nada contra o Zé, pois já conversei com ele pessoalmente no centro de Sampa (onde moro, e ele também) e o achei uma pessoa extremamente educada e atenciosa, além do carisma natural que ele possui. Mas acho que sua obra não consegue chegar ao ponto desejado. Acho que muitos filmes que vem com a idéia de causar "horror" na pessoa que está vendo acabam se perdendo no meio do caminho e, volta e meia, acabam sendo comicos. Por exemplo: eu fiquei petrificado no cinema quando vi "A Bruxa de Blair" e "O Chamado". Eles conseguem te deixar tensos durante o filme equando tem que chocar/assustar, eles o fazem bem mesmo. Ma so filme do Zé não consegue nenhum, nem outro. Mesmo com tanta coisa explicita (canibalismo, sexo com mortos, torturas e mutilações), nada ali convence muito. Mas o que doeu MESMO foram as atuações. Sofríveis. Mas vale pelo fato de que até onde me lembre, o cinema nacional da "nova safra" não possui obras assim, portanto, já é uma grande vitória.



Acabei de ler o terceiro livro de Lourenço Mutarelli, Jesus Kid, que narra a história de um autor de literatura western que é contratado durante três meses para ficar denrtro de um hotel para escrever uma história sobre um autor que é contratado para escrever uma história dentro de um hotel, durante três meses. Parace confuso, mas é isso mesmo. A fórmula já é batida (terceira pessoa sobre a primeira, que acaba sendo ela mesma), mas é extremamente funcional. Mas o grande trunfo (mais uma vez) deste livro é sem duvida a habilidade de Lourenço em ecsrever sobre situações corriqueiras de maneira extremamente tragicomica. Pra dar risada mesmo. Em todas as obras de Lorenço seus personagens são pessoas extremamente atormentadas e fica nitido que todos eles possuem um pouco do autor. Este, mais do que todos, pois ele é hipocondríaco também. Lourenço consegue te manter interessado durante todo o livro e seus personagens são tão bizarros que chegam a ser engraçados. Não sei se este livro irá virar filme (embora originalmente ele tenha sido escrito para o roteiro de um, mas acabou virando livro) como o pesado "O Natimorto", ams se isso acontecesse, seria muito bom, pois a obra é bem engraçada, fugindo do clima sombrio de "O Cheiro do Ralo" e o já citado "O Natimorto". Problema é que algumas das melhores situações dos livros de Lorenço envolvem sexo ou masturbação solitária e, acho que o cinema brasileiro ainda é um pouco "comportado" neste sentido, embora "O Cheiro do Ralo" tenha mostrado um pouco (pouco mesmo) disso. Não que seja importante ou vital para o entendimento da trama, mas geralmente isso demonstra um pouco dos personagens como eles realmente são.



Mais uma vez, fica a dica: comprem. Os livros de Mutarelli ao meu ver são pra ter em casa.

Alcofa (que leu Jesus Kid em um dia e demorou dois pra ver Encarnação do Demonio ... escutando o novo do Sepultura, A-Lex. Depois faço um review dele ae ...)

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Thursday, February 05, 2009

Coisas Frageis de uma Editora Fragil

Li o ultimo de Neil gaiman publicado por aqui, "Coisas Frageis", que mais uma vez reune uma série de contos do autor (um livro anterior já havia sido publicado por aqui, sob o titulo de Fumaça e Espelhos). Mais uma vez, você vê um Neil Gaiman bem despreocupado, sem tentar soar perfeito e, volta e meia, bem sucedido. Mas também mal sucedido em alguns casos apresentados aqui, pelo simples fato de que este livro (se é que podemos chamar ele assim) veio com muita coisa mediana do autor e, pior, veio PICOTADO. Sim, isso mesmo, picotado.

Vamos a explicação: o livro não é ruim, como já disse, mas bem aquém do autor. Temos excelentes contos aqui (principalmente o ambientado no universo de Deuses Americanos, ótimo livro do autor), mas a impressão que fica é que muitos são superficiais demais, MESMO para contos, que geralmente não são feitos para desenvolver uma historia/ideia e sim, contar uma rapida história. O grande problema do livro (e isso não é culpa do autor) é que exatos VINTE E DOIS CONTOS foram EXCLUIDOS da versão final! O por que? De acordo com a própria Conrad, porque o livro ficaria "grande demais".


É por isso que gosto de editoras como a Objetiva, que publicou os volumes CAVALARES da série ultra módafóca Torre Negra. E por preços MUITO acessíveis, dado o volume dos livros (vários volumes superam as 600 páginas).

Ae o que podemos esperar dessa situação? De acordo com a Conrad, "se" o livro vender bem, eles vão "pensar" em publicar o restante dos contos... Eu digo "vá a merda" ou "vão tomar no rabo" neste caso?

Infelizmente no Brasil, nós sofremos com isso: descaso e falta de profissionalismo. A Conrad começou bem, lançou excelentes trabalhos (vide sua coleção de Luxo da série Sandman), publicou certinho obras enormes (Dragon Ball), mas de uns tempos pra cá, ta cagando no pau geral. O caso do mangá One Piece (que eu não leio, mas vejo as reclamações sobre o mesmo na net), o caso de Vagabond, o caso de Nausicaa do Vale dos Ventos (esse eu to no emio dos prejudicados) e vários outros...

Vários autores foderosos caem em mãos erradas. Tá certo que Chuck Palahniuk não é um cara que agrada a todos, mas suas obras (muito boas pra quem gosta de coisas ousadas e que desafiam o pensamento comum dos dias de hoje) estão TODAS saindo por editoras que não levam em conta que uma republicação de vez em quando vai bem, e vários de seus livros hoje em dia estão fora de catalogo. E se eu for ficar citando autores e obras famosas que passam pelo mesmo problema... Apesar que isso tem lá o seu lado positivo: os donos de sebos vivem sorrindo quando você chega atrás de um livro desses ... acredite: esses caras possuem leitura fácil nata, pois eles notam a sua cara de ansiedade quando eles confirmam que possuem tal obra ... hehehe.

Enfim, Coisas Frágeis é um livro para se pensar se vale o investimento. Eu comprei por ser colecionador e tudo o mais, mas fica a dica: você REALMENTE quer algo com MENOS da metade?

Alcofa (que acho que muitos contos bons foram deixados de fora e, os selecionados não valorizam a obra como um todo... escutando A-Lex, do Sepultura, e não achando grande coisa mais uma vez ... Cavalera Conspiracy RULES!)

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