Tuesday, May 27, 2008

Nerds Noveleiros!!!

Ok. Leitores de HQ gostam de coisas publicadas pela Vertigo, Wildstorm, Dc, Marvel, Dark Horse e tantas outras. Sejam HQs com cara clássica de heróis, sejam elas intrincadas demais ao ponto de você necessitar ler mais coisas do que a própria HQ para entender (alguém ae pensou em Os Invisíveis?), ou sejam elas verdadeiras obras primas sobre o ser humano (Y: O Ultimo Homem). Não interessa. Cada uma atende um público alvo. Cada uma tem sua legião de fãs.

Mas e aquela que só fala sobre o dia a dia das pessoas? Sobre cosias rotineiras mesmo, como uma conversa casual sobre qual time é melhor? Existe tal HQ?

Existe sim. E é recheada de zumbis.



Quando eu me manifestei aqui pela primeira vez sobre "Walking Dead" (Os Mortos Vivos no Brasil), eu disse o quanto essa HQ era bacana, por trazer exatamente o espírito das obras de George Romero, onde os zumbis são meros coadjuvantes. Eles são parte da paisagem, na verdade. Tais obras destinam-se a explorar o caráter humano e ver como somos capazes de nos adaptar a uma situação, por pior que ela seja, ou até sucumbir de vez por causa desta, mesmo quando você tinha certeza absoluta de que tal fato jamais ocorreria. Claro que todos adoramos ver o povo lotando os zumbis de bala, porrada e tudo o mais que for possível, mas o que muita gente "não pega" é que estas obras não tratam sobre isso. Os zumbis talvez sejam o chamariz para atrair o "povoão" mas quando você presta atençao de verdade na obra, você consegue ver do que ela realmete trata.

Walking Dead começou boa, ficou melhor, deu uma "amornada", esquentou de novo e, ae, esquentou até ferver. Explodir na verdade.

PARA QUEM NÃO ACOMPANHA A SÉRIE VIA SCAN, PARE DE LER AQUI SE NÃO QUISER ESTRAGAR SUA SURPRESA!!!!!!!

Os acontecimentos da ultima saga, "ninguém está a salvo" foram no mínimo, catastróficos. Morreu TANTA gente que eu nem saberia relacionar direito aqui. Mas a cena onde o presídio é tomado pelos asseclas do governador e a morte de Lori e Judy foi de chocar. Sério. Não acreditava que isso fosse acontecer. E o governador é de longe um cara que merece MESMO entrar pro hal dos vilões mais féladaputa de todos os tempos! Mesmo depois do "tratamento" que Michonne deu a ele, o desgraçado ficou vivo e fez o que fez. Até tiro na cara ele tomou e não morreu! Tá loco!

Mas ao ler a edição 49, onde vemos Rick e seu filho saírem sozinhos e a maneira como terminou (Rick às portas da morte) me levaram a uma conclusão:

Rick vai morrer, Carl será o novo protagonista da série e a mesma dará um pulo monstro anos a frente, mostrando como ele se virou e sobreviveu a tudo isso. É uma hipótese.

Ou Kirkman tá muito influenciado por Quesada e Rick vai desenvolver um fator de cura e sobreviver a tudo isso ...

O grande problema disso tudo é que a série é como uma novela mesmo: você se envolve com os personagens, fica babando de ansiedade pelo "próximo capítulo".

A questão aqui, ó noveleiros de plantão, é: terá um próximo capítulo?

Matar praticamente TODO o elenco da série exige culhões,e isso Kirkman mostrou que tem.



Alcofa (que acha que o Governador tinha que ter sido estuprado pelos zumbis ... escutando o fodástico Enemies of Reality, Nevermore)
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New riff master??

Tony Iommi. Dave Mustaine. James Hetfield. Marty Friedman. Yngwie Malmsteen. Jason Becker e mais alguém que talvez eu não lembre. Todos sã verdadeiros "riffeiros" e serviram de influência para um cara que hoje é com certeza um dos 10 melhores dentro do seu estilo de tocar: Jeff Loomis.



Nem vou citar a passagem dele pelo Sanctuary porque ela não foi lá muito significativa. Não que a banda não tenha sido boa, pelo contrário! Mas quando ele se juntou com Warrel Dane e formaram o Nevermore... Nasceu uma banda muito, muito, muito boa mesmo!

O Nevermore é daquelas bandas difíceis de classifcar. Eu na verdade nem perco meu tempo tentando fazer isso. Muita gente diz os caras são "Progressive Thrash Metal" ... pra mim é "Progressive mothafucking good bagarai metal". Com elementos de Speed, Thrash, Progressivo e Tradicional, o Nevermore é uma banda forte pra caralho, seja em estúdio, seja ao vivo (quando Warrel Dane não enche a cara, diga-se de passagem).

Warrel Dane é um excelente compositor e letrista, mas assim como no Metallica e Megadeth, é um homem que dá a cara das músicas nesta banda: Loomis. Todas as músicas que tem sua autoria "única" sãi visivelmente fortes, e isso pdoe ser facilmente percebido nos poderosos "Dead Heart in a Dead World" e "Enemies of Reality". A banda nunca deixou cair o nível, só lança um albúm melhor que o outro. É até difícil apontar o "melhor". Acho que cada albúm tem a sua cara e seu destaque. O primeiro albúm serviu como aquecimento do que estava por vir, porque a partir do segundo (Politics of Ecstasy) ao abrir com a poderosíssima "Seven Tongues of God", você nota do que o Sr Jeff Loomis é capaz ...



Só o fato do cara tocar com uma guitarra de sete cordas já mostra o quão técnico ele pode ser, e isso pode ser facilmente percebido no excelente "Dreaming Neon Black", com todas as letras feitas pelo deprimido (na época) Warrel Dane. Um clássicão do metal este albúm.

Os albúns seguintes (DHIADW e EOR) foram muito fortes. Riffs ultra pesados, músicas rápidas e destruidoras (The Sound of Silence e I, Voyager) e músicas que beiram a perfeição entre melodia e peso (The River Dragon has Come e Tomorrow turned into Yesterday) são a regra aqui. E mesm depois de um tempo calados, vem o forte "This Godless Endeavor", albúm que misturou com perfeição tudo que a banda tinha feito até então. Perfeito.

O Nevermore anda silencioso de uns tempos para cá. A promessa de seu DVD já está mais do que atrasada e, consequentemente, os membros começam a soltar projetos solo. O album de Warrle Dane (Praise to War Machines) é bacan e mostra como pode-se fazer metal sem frescuras e agradável a primeira audição. Já Loomis disse que logo mais solta seu trabalho solo (ainda sem título).



É, pode demorar, mas tenho certeza que o próximo do Nevermore vai literalmente destruir os tímpanos do ouvinte ...

E loomis é mais um daqueles injustiçados nas litas ridículas de "melhores do ano", que sempre tem os caras do Iron Maiden em todas as posições ...

Enfim... nem vou xingar desta vez, é perda de tempo.

Alcofa (que escuta quase que religiosamente os albúns do Nevermore toda semana, escutando a ultramegafodônica Seven Tongues of God ... caralho, seu eu soubesse tocar 10% do que esse Loomis toca ...)
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Monday, May 26, 2008

If you wanna blood... you got skulls!

Aproveitei o feriadão pra ver a primeira temporada do Dexter numa porrada só, treinar muito e ir ver na telona o novo Indiana Jones. Então vamos ao que interessa.

Quando baixei o primeiro episódio de Dexter (depois de ter lido um post do meu eterno bróther Luwig, eu o assisti e realmente não me interessei muito no "mote" da série. Achei a idéia interessante, mas me perguntei logo depois: "legal, e depois do terceiro capítulo?". Mas além do personagem principal ser para lá de singular, a série é extremamente bem escrita e dirigida. Claro, eu acho que ela não contém o "fator Lost" (aquela merda de você ficar roendo as unhas pelo próximo episódio), mas a idéia dela é tão bacana que, você acaba por ficar curioso pelo que virá a seguir.



A idéia de um serial killer que só mata gente que não presta é no mínimo inusitada. Mas se Dexter tem um grande fator a favor é que com certeza seu elenco de apoio. Todos tem seu devido espaço na série. Acho que meus personagens preferidos são o Sargento Doakes (eu sei que você é maluco, e um dia eu te pego!), o detetive Angel e com certeza a irmã de Dexter, que é o exemplo máximo da mulher atual. Pensem um pouco e talvez vocês entendam meu ponto de vista.

O fato do grande vilão da temporada ter uma ligação direta com o "outro" vilão e protagonista da série foi inteligente e bem amarrado, mas ficou com aquela cara de "grande trama" que poderia ser melhor resolvida. Nada que desagrade.



É interessante ver os momentos únicos de Dexter, como quando ele confessa que é um serial killer ao psicanalista (e o mata em seguida, hehehe), quando ele "perde a virgindade" com Rita e com certeza ver o quão bom ele pode ser com as crianças, por mais frio que ele mesmo fique pregando que seja, embora ele demonstre mais vezes ser uma pessoa melhor do que acredita que seja.

Boa série. Boa temporada. Ainda não vi a segunda, mas dizem que é tão boa quanto. A grande dúvida é: precisa de uma terceira?

Mudando de "herói-vilão" para "herói bagarai", temos o eterno Indiana Jones em sua nova aventura. Confesso que fui ao cinema meio com o pe atrás. Por ais que goste de Harrison Ford, vários de seus papéis nos últimos anos foram ou insignificantes, ou medíocres. Os tempos aúreos de Han Solo e Indiana ficaram nos já distantes anos 70-80. Mas, como Indy é daquele herói que povoa a imaginação de milhares de fãs até hoje, assim como eu, todos deram um chance ao cara.



Uma história legal, com alguns furos, mas todos passáveis. Boas cenas de ação e de humor. Adorei a película do filme. Dá uma impressão de coisa datada. O fato do filme se passar nos anos 50 foi outra sacada excelente, pois mantém a continuidade da série. O fato do foco do filme ser sobre seres extraterrestres também é bacana, pois era justamente sobre isso que as pessoas adoravam falar e ler nesta década, devido a Rosswell. Bom filme. Pipocão. Acho que manteve o legado personagem. Mas honestamete: tem uma cenas que são TÃO FORÇADAS que eu até me encolhi na cadeira!

Fora isso, feriadão sempre tem também aquele tempo vago para por a leitura em dia. Novo volume do Preacher pela Pixel (superior em tudo ao volume anterior lançado pela mesma editora, a começar pela qualidade da capa), o encadernado de Invisíveis da Pixel (excelente qualidade, preço nem tanto), nova edição dos Vingadores (mês que em tem o novo Thor!) e o encadernado da Mulher Gato, que eu já tinha comprado mas ainda não tinha lido...

Alcofa (que ainda não viu o Homem de Ferro, nem o Speed Racer ... vou ver se consigo ir na quarta feira)
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Wednesday, May 21, 2008

É cada uma que escuto...

Olha, às vezes ser fã de metal dá no saco. Sério. Quem aqui não conhece o Iced Earth? Uma das melhores bandas surgidas na década de 90, o Iced TAMBÉM FOI apontado como um "novo Metallica". Quando o vocalista Matt Barlow entrou no cast da banda (no 3o album, Burnt Offerings), ae a mesma ficou mundialmente conhecida, graças as excelentes composições de John Schaffer (que ao lado de Mustiane, Ulrich, Waters, é um verdadeiro tirano, mas com a diferença de que ele é um falastrão de merda) e o vozerão pra lá de marcante de Barlow. Os albuns seguintes (Dark Saga, Something wicked this way Comes e Horror Show) são todos ótimos. Nem vou comentar o triplo ao vivo porque ae já é covardia. E então, devido ao 11 de setembro, Barlow sai da banda dizendo que "pode fazer mais pelo seu país fora do Metal".

O que se segue é básico. E óbvio até. Schaffer xinga, chuta, só falta jogar merda em cima de Barlow (que tentou sair numa boa). Disse que o ultimo trabalho do cara foi para lá de fraco (o excelente Horror Show). Dae ele arruma um cara que eu considero um dos melhores vocalistas da história do metal, e um dos mais injustiçados também: Tim "Ripper" Owens.



Todos conhecem a história. Não vou falar sobre ela aqui.

Lançam em 2004 "The Glorious Burden". Este albúm teve algumas coisas gravadas por Barlow (que Jon prontamente disse que tinha ficado uma bosta), mas teve Ripper no gogó de ponta a ponta. É um bom albúm, de verdade, mas bem aquém dos anteriores. Acho que dá pra destacar "The Reckoning", "Greenface" e "Atila", esta ultima ótima por sinal, onde você escuta nitidamente a voz "bosta" de Barlow nos vocais ... E claro, o cd 2 deste album é muito bacana mesmo, intitulado Gettysburg, com uma unica música divida em 3 atos, com um pouco mais de 30 minutos no total.

Depois de um pouco de encheção de linguiça (uma coletânea e o exageradamente americano DVD "Gettysburg", onde John narra as inspirações de sua obra musical, que é um pé no saco ver este DVD), sai o novo album do Iced Earth: Framing Armageddon (Something Wicked Part I). Muita gente diz que este albúm é mais ou menos por causa de Ripper. Primeiro: vão todos para puta que o pariu. O Commpositor "mor" da banda sempre foi Schaffer, isso nunca foi segredo. Ripper está cantando cada vez melhor e neste cd não é diferente. O problema é que o cara NÃO se encaixa no Iced Earth, infelizmente.



Dae vem a putaria máxima.

Com reviews não lá muito favoráveis e um Barlow careca querendo retornar a cena, Schaffer não pensa duas vezes: demite Ripper da noite para o dia e chama Barlow de volta e solta coisas do tipo "ele é o melhor vocalista que conheço", "o Iced earth é perfeito com ele" e mais um monte de bosta.

Detalhe: quando Ripper entrou no IE, John deu uma entrevista a Roadie Crew dizendo "que ele é o vocalista que eu sempre sonhei ter em minha banda".

Ao meu ver, isso é jogo de gato e rato. Schaffer precisava de Barlow de volta e Barlow quer mais grana (porque ser policial é foda em qualquer país). Ripper se fodeu OUTRA VEZ, mas parece que já foi apadrinhado pelo mega bostão Yngwie Malmsteen, que mesmo sendo um dos caras mais escrotos do meio musical, sabe reconhecer bons vocalistas.



Eu acredito que o novo do Iced Earth vai ser tão meia boca quanto foi o ultimo. Independente de ter ou não Barlow nos vocais. Quem compõe é John. Todos sabem disso. Nada contra Barlow. Sua fase no Iced Earth é matadora. Mas o que me irrita é um monte de "putinhas do metal" nos fóruns da vida dizendo que agora sim o Iced tem um vocal que presta ...

vai tudo tomar no cú ...

Alcofa (que não está revoltado, está é indignado com esse bando de "entendidos" no assunto que infestam a net ... boa sorte para o Barlow por voltar a trabalhar com vossa boçalidade ...)
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Thursday, May 15, 2008

Batendo perna em Sampa

Morar em São Paulo (Sampa) às vezes é uma grande merda. Congestionamentos monstruosos (eu não tenho esse problema pois tenho um mínimo e inteligência pra saber que andar de metrô é 10 vezes mais rápido, e também me desloco de bike), pessoas estressadas e mal educadas em sua grande e esmagadora maioria (é triste, mas é verdade), poluição em níveis alarmantes (nem pense que pelo fato de correr no Ibirapuera você é mais sadio do que outra pessoa ... na verdade, você está respirando muito mais ar sujo do que quem mora nos extremos das Zonas em Sampa), níveis de criminalidade preocupantes em certas regiões (Leste e Sul) ... enfim, não é o Paraíso. Mas nós temos muita coisa boa também!



Como eu só escrevo sobre as coisas que gosto, vou falar sobre coisas boas de Sampa que, provavelmente quem lê o blog, também pode vir a gostar.

Heavy Metal é algo que respiro desde meus 11 anos de idade. E não existe lugar melhor que a Galeria do Rock para você conhecer gente, tomar umas brejas, escutar um som novo, comprar cds a um preço geralmente legal (coisa que eu quase não faço mais, mas não vem ao caso) e achar aquele DVD naquela embalagem especial que você a tanto tempo procura. Acho que fica até difícil indicar essa ou aquela loja. Tem que bater perna mesmo, sair caçando. Algumas lojas conseguem vender cds novos a preços pra lá de convidativos (20-25 paus) e DVDs duplos com preços legais (40-50 paus). Tudo bem, não é todo mundo que pode pagar essa grana em um cd/dvd... eu mesmo há mais de 2 anos não gasto mais dinheiro com isso (só naqueles casos onde tenho coleções mesmo, tipo Nevermore, Iced Earth, Slayer, Metallica, etc). Quando quero algo, vou nos torrents da vida e "baixo" a parada. Mas não vem ao caso.



O bom de andar pelo "centrão" de Sampa é que, se você gosta de livros e HQs, você está literalmente no paraíso. Sério. A quantidade de Sebos existentes entre as estações Sé até a santa Cecília é monstruosa. Vejam só: vindo hoje para o serviço, parei para conversar com uma moça dona de um sebo bem tradicional em Sampa, pertinho da Galeria do Rock sebo este conhecido como "Banca Antiga". Eles tem um acervo beeeeeeeem grande de um montão de coisas, principalmente formatinho. Comprei minha coleção da Liga da Justiça cômica todinha neste lugar, com cada edição com preços entre 1,50 até 2,50. Conversando com a mesma, perguntei se ela já tinha pego a nova edição do Preacher pela Pixel Media. Com a resposta negativa, fui embora com aquela certeza "vou ter que pagar o preço de capa" na cabeça e, quase saindo da loja, me deparo com o especial da Mulher Gato que a Panini lançou recentemente, "Um Crime Perfeito". Perguntei o preço... 20 paus !!! Zerado!!! Nem pensei duas vezes. Quando estava pagando, ela perguntou se eu curtia muito histórias com mulheres protagonistas. Quando estava prestes a começar um diálogo sobre a importância da Druuna na minha vida (hehehe), ela me mostrou dois encadernados da Martha Washington: "Liberdade" e "Martha Washington vai a GUerra". Sempre achei Martah Washington um personagem forte nas Hqs com mulheres, e sempre achei esta obra extremamente injustiçada, pois quando vemos muita gente falar de Miller, é só "Batman, 300 e Sin City". Não desmerecendo nenhum destes trabalhos, mas a história de personagem é muito boa mesmo. E foi justamete ae que me lembrei que NÃO TINHA nenhum detses materiais em casa. Ou li via scan, ou emprestado. Pensei comigo mesmo um sonoro e alto DROGA e, lá vai eu desembolsando mais 40 pilas... Prejuízo total de 60 paus, mas analisando que eu saí com 3 encadernados em perfeito estado (e cada um custando em média 40-50 paus na capa), acho que fiz bons negócios hoje cedo!



Outra coisa maravilhosa no Centro velho de Sampa é para quem gosta de tomar café ou beber uma boa cerveja estupidamente gelada (ahhhhh), além dos bilhões de botecos legais que existem na região (e quando digo boteco, é boteco MESMO), temos o já cartão postal "Bar Brahma" (que eu não gosto porque só toca música de véio lá, mas é um lugar bem legal), os bares da região do Largo do Café (fica próximo da Rua Boa Vista, perto da Sé, e que durante décadas foi considerado a Wall Street de Sampa, que migrou para a Paulista, e que agora está migrando para o Itam Bibi). Ali você verá muita gente engravatada e metida à besta (suckers), mas em compensação tem muita mulher boa disposta bater um papo legal com um nerd que só entende de HQ ... hehehe. Deixando a gozação de lado, os bares daqui tem ambientes bem legais mesmo. Vale a visita.



Agora se você tá afim mesmo de ver miniaturas de animes, HQs e coisas do gênero, o lugar perfeito é a Liberdade. A região dos orientais de Sampa tem uma galeria chamada SoGo que é uma verdadeira zona. É uma Galeria Pagé menor. Mas em compensação, se você é aficcionado em Card Games, RPG, HQs, bonecos, miniaturas, games originais e afins, aqui é prato cheio de verdade.



Acho que já deu pra perceber que eu gosto de bater perna né?

Alcofa (que acha que o novo albúm do Iced Earth, independente de ter Barlow de volta no vocais, vai ser "mais do mesmo", e um pouco contente - mas com o pé atrás - com o pouco que escutou do novo albúm do Metallica, nos vídeos que tão rolando na net do tal "Mission Metallica")
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Thursday, May 08, 2008

Lembranças

Ter lembranças de algo é sempre algo que pode cair sobre você de maneira esperada. Quando comemos aquela lasanha em algum local e já lembramos da lasanha da mama, geralmente com o comentário "a minha faz melhor" logo na sequência. Ou quando vemos/vivenciamos algo que nos lembra alguém querido que por um motvo ou outro sai de maneira abrupta ou não esperada de nossas vidas.



Estava eu mexendo nas minhas coisas socadas no fundo do armário e, acabei achando um monte de coisas da época em que jogava RPG (lá na minha adolescencia). Hoje em dia não jogo mais por pura falta de tempo e por desencontro de horários com os poucos amigos que ainda jogam. Mas enfim, não é sobre isso que quero falar. No meio das tralhas achei um texto sobre a "origem" de um personagem absurdamente absurdo (sim, absurdo assim mesmo, com redundância) escrito por um cara que foi um dos meus melhores companheiros nessa época, o Paulinho, hoje já falecido.



O Paulinho era aquele tipo de cara completamente maluco e engraçado. Bom, na adolescencia ou nós somos isso, ou somos uns chatos de primeira, ou um bando de punheteiros. Ou um mx de tudo isso ae. A verdade era que eu tinha este cara como um irmão mesmo. Vivíamos enfiados um na casa do outro e, lembro com saudades das tardes intermináveis jogando Falat Fury, Dragon Ball Z, Zelda e Metroid no mais saudoso ainda Super NES, o melhor game já feito até hoje (um dia eu escrevo sobre isso). Íamos direto ao cinema, shopping (só pra comer e fala merda), nas convenções de RPG e HQ (sempre minhas preferidas), enfim, éramos carne e unha, ou como eu mesmo sempre gostei de dizer, cú e bunda.

Mas as pessoas mudam. Isso é fato. Chega um momento de nossas vidas em que mudamos por algum motivo. E o Paulinho decidiu mudar justamente na adolescencia.

Ele se envolveu com gente da pesada. Pessoas erradas. Começou fazer tudo que fosse possível para ser errado e, infelizmente, seu caminho terminou da pior maneira possível: em morte. E feia.



Lembro-me até hoje o dia que tentei falar com ele sobre isso e ele me apontou uma arma e me perguntou o que diabos eu tinha a ver com a vida dele? Daquele dia em diante, eu desisti dele e, dois meses depois, ele nos deixou. Infelizmente.

E agora cá estou eu a lembrar de uma época quase tão mágica quanto foi minha infancia. Minha "aborrencencia" foi bacana: tive várias namoradinhas, vários amigos (que depois se mostraram como amigos da onça, mas isso faz parte), várias brigas (já fui até convidado a me retirar de uma escola por causa disso!), vários momentos que lembro com carinho ou saudade. Mas me lembrar desse cara em especial é sempre foda, porque sempre imagino o quão foda ele poderia ter se tornado. O cara era esperto, daquele tipo de gente que tem a malícia pra fazer as coisas do jeito certo. Pegava rápido qualquer coisa que você ensinasse a ele ... Uma pena.

E cada dia que se passa, sempre que noto que uma parte da minha vida se vai ou alguém que se afasta por qualquer que seja o motivo, eu fico pensando sobre qual é a porra do sentido da vida. Eu sempre acreditei que o sentdo da vida é ser feliz, sem prejudicar ninguém no processo. Viva a sua, eu vivo a minha e pronto! Simples. Mas cada vez que lembro de namoradas que por "N" motivos se foram, daquelas que você fala "essa eu caso";amigos que somem sem dar noticia ou que a vida leva; amigos que tornam-se inimigos ... fico me perguntando: vale a pena?



Muita gente diz "se apega em Deus que este tipo de coisa se resolve". Huuum, sei lá, não acho certo. Não tem haver comoigo. Nunca gostei de creditar meus problemas a Deus. Gosto dele só para agradecer mesmo, independente se estou em um momento ruim ou não. Acho um excesso de "falta de culhões" jogar tudo nas mãos dele, olhar pro céu e gritar "se fode ae e resolva, porra! Eu sou fiel!".

Não funciona assim.



Rock Balboa usou uma frase excelente em seu ultimo filme, sobre como encarar o que avida joga em você: você fica forte não é pra vencer na vida, e sim pra aguentar a quantidade de porradas que ela te dá e sobreviver a isso. Se vencer, ótimo!". Acho que as coisas funcionam assim.

Talve eu esteja em um péssimo momento pessoal. Talvez eu só esteja triste por causa de algumas coisas que vem acontecendo. talvez eu esteja assim porque to vendo cabelos brancos surgirem na minha cachola (preocupação?). Enfim, não sei.

Sei que tem dias que é difícil você olhar no espelho e dizer "vai lá campeão, pegue eles".



Alcofa (que está relendo Preacher nos encadernados publicados no Brasil... Wolverine é o caralho, Jesse Custer é "O" cara. Parafraseando o Doggma: na trilha: I Never Dreamed, cover do Lynyrd Skynyrd, cover versão pelo BLS)
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Friday, May 02, 2008

Mulheres

Meu serviço está "em obras" e, portanto, eu fico com muito tempo vago durante o dia e, como bom nerd que sou, aproveito para ler algo dos trocentos scans que baixo e nunca tenho tempo para ler. A bola da vez foi Y: O Ultimo Homem. Li as 60 edições em 2 dias.



Quando li o primeiro arco de Y, confesso que a série ficou aquele ar de "legal" na cabeça, mas nada além. Problema é que quanto mais eu lia, mais eu me apaixonava pela Agente 355 que, é um dos personagens mais bem elaborados da série.

Não vou nem descrever sobre o que a série é. Qualquer pessoa que passa por aqui (acredito eu) sabe do que ela se trata. O mais interessante da série (além do mundo dominado por vaginas) é a construção e evolução do personagem Yorick e, porque não dizer, Ampersand (&). A maneira como Yorick evolui na história e deixa de ser um tremendo babaca irresponsável para se tornar em um babaca um pouco responsável é ótima. To brincando. Yorick é um personagem para lá de legal, quase palpável. Burro e teimoso, mas legal.



É interessante ressaltar algo: se o mundo fosse só das mulheres, eu acredito que ele seria exatamente igual -ou pior- do que o mostrado na série. Engraçado notar que, logo no início do "apocalipse", as primeiras coisas que somem são os produtos de beleza! Hauhauhauahuaha. Piadas à parte, o grande mérito da série é sem dúvida o "fator lost": você fica babando de ansiedade para ler o próximo capítulo! Acho que a unica série (recente) a qual havia me causado esta sensação foi 100 Balas, que possui uma das tramas mais enroladas da história, mas interessante até o limite da palavra.

Toda vez que eu terminava de ler uma edição, já estava quase dando um "enter" automático na outra. Era impossível parar de ler. Sério. Ela não é uma obra de arte, mas ela é tão bem escrita que acaba por se tornar uma.

Muita gente se pergunta sobre o que a série fala. Ao meu ver ela fala essencialmente de evolução e amor. Nós vemos lá a postura agressiva de praticamente todas mulheres, a capacidade "nata" de muitas mulheres para suprirem sua falta de sexo (não tem cachorro, caça com gata!), a habilidade natural de muitas mulheres de observar e ponderar algo, coisa que muitos homens são incapazes de fazer logo de cara, e doses homeopáticas de humor. Mas a série fala sobre isso: amor e evolução. Amor de Yorick por sua Beth (ou Beth's), amor platônico (não vou falar de quem para não estragar algo para quem ainda não leu), amor de uma pessoa por seu ofício (Agente 355), amor de mãe, amor de companheirismo, enfim, amor. Os homens pensam, as mulheres amam. Homens fazem sexo, mulheres fazem amor. Simples assim.



E evolução pelo simples fato de, mesmo pela maior merda que o mundo se tornou sem homens, é notável ver como as mulheres seguem adiante (com sucesso ou não). A situação da China é ótima na série, mas é extremamente angustiante na Austrália. Nos EUA, é típico: com um povo que vive com medo de tudo, a primeira coisa que vem a cabeça é uma guerra biológica. Muito bem abordado pelo autor este fato na série.

A série não tem muitos personagens. Ela é lotada de coadjuvantes. Acho que os personagens "de destaque" seriam Yorick e Ampersand (os dois "únicos" machos da terra), Agente 355 (juro que se existir uma Action Figure dela, eu compro), Doutora Mann (dona de alguns dos momentos mais hilários da série), Alter (essa mulher dava uma surra no Rambo), Hero (fiquei extremamente emocionado com a história de vida dela, como ela se perde e se reencontra na série) e por que não, Victória? Ela que é a líder espiritual das Amazonas, é um personagem fortíssimo na série e extremamente bem construído.

E eu queria ter uma Agente 711 em casa ... E uma 355 de segurança!



Dois detalhes importantes: a série tem TANTAS referências que você se diverte pra caramba ao identificar todas elas (se bem que o pessoal das traduções, e palmas para todos os grupos, deixam seu trabalho bem mais fácil). E mais legal ainda é você notar que são referências COMPLETAMENTE POSSÍVEIS de serem identificadas até por quem não é muito fã de HQs, diferente das milhares de referências de Grant Morrison, que cuja grande e esmagadora maioria só ele sabe definir ... E o outro detalhe são as capas da série: fazia muitos anos que eu não via uma série com capas soberbas da primeira até a ultima edição!

Confesso que ao ler as 3 ultimas edições, enchi o olho da agua, principalmente no final da história de Ampersand. Fiquei triste de verdade. Acho que to ficando fresco com o passar dos anos.



Uma série para se ter em casa e para reler de tempos em tempos. Tomara que a Pixel Media publique isso em encadernados (pelamordedeus). Compro pelo preço que for.

Finalizando: vejo muita gente discutindo sobre o que diabos causou a praga. A série não é sobre isso. Acreditem. Tanto o amuleto, quanto a arma biológica e a teoria do doutor (fumou um baseado gigante o autor para criar essa) são plausíveis e possíveis. Mas reafirmo: a série não é isso.

Alcofa (que se fosse o ultimo homem da terra iria viver à base de Maltodextrina,para aguentar a "sede" feminina .... hehehehe. Escutando a recém lançada coletânea do Dream Theater ... banda boa é foda!)
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