Thursday, January 31, 2008

A Arte de Matar é tão linda ...

Quando o assunto é guerra, as opiniões sempre divergem. Ou alguns são facinados pelo tema (meu caso) ou são daqueles que tem asco completo pela coisa toda e ne comentam o assunto.

Filmes de guerra existem aos montes, isso todo mundo já sabe e, felizmente, alguns dos maiores clássicos do cinema estão justamente dentro deste genero. Filmes como Platoon, Falcão Negro em Perigo (cara, como eu ADORO este filme)e tantos outros são marcos do genero. Livros e documentos existem na casa de milhares e nem sequer ouso citar qualquer um aqui.

Mas e quando o assunto é HQ?

As obras de Garth Ennins exploram bem este assunto, na série War e, nas maluquices da sua Brigada Rifle (muito bom isso aqui). A série de Joe Kubert e seu sarge Rock também, mas é americana demais em muitos momentos. Mas teve uma li que li recentemente (via scans e gostei tanto que fui atrás do original... no sebo, claro) que me chamou a atenção: Arrowsmith.



Tem gente que fala que Kurt Busiek é mediano pra fraco. Bom, eu considero o cara um dos mais "old-school" na atualidade, isso é fato. Nem vou ficar aqui citando os méritos do cara. Só vou falar desta obra em específico.

Na obra, vemos o jovem Fletcher Arrowsmith em mundo que mistura a época da 1a Grande Guerra com um pouco de magia, em forma de dragonetes, trolls e afins. Fletcher, o típico caipira americano, fica boquiaberto quando vê uma turma de "voadores" passar em sua vila e fazer uma espécie de recrutamento (I Want You), mas como o memso é jovem demais, acaba nem tendo chance.



Com o desenrolar da história, Fletcher consegue ingressar no exército e, dai para frente, é uma série de clichês clássicos das boas histórias de guerra: ele se apaixona, fica todo fascinado com o lado glamouroso de ser um voador (o equivalente aos pilotos de caça no mundo real, com a unica diferença de quem voa aqui é você mesmo), e depois fica horrizado com o preço que a guerra exige de você, queira você ou não.

Sim. A história é clichê. E grande. Mas ae é que está o charme dela.

Muita gente tenta inovar demais ou ser único demais e nem sempre consegue (Grant... coff, coff, Morrison). E um dos maiores méritos (se não o maior) de Busiek é justamente trabalhar bem em conceitos já existentes e dar uma nova roupagem/interpretação aos mesmos. Com um roteiro extremamente enxuto e coeso aliado a arte belíssima de Carlos Pacheco (o cara manda muito bem), nós somos presenteados com uma obra boa, simples e precisa na sua proposta.



Recomendo a leitura!

E um "porém", mas que nem tem a ver com a obra citada: a HQManiacs Editora ta pisando feio no tomate. Começaram bem bagarai, ótimos lançamentos com ótimas datas ... mas parou por ae! Cada o restante de Invencível (que é ótimo por sinal) e Mortos Vivos??? Porra, os caras nem se manifestam, tipo, estamos com problemas, não foi viável o lançamento e coisa e tals...



EU QUERO CONTINUAR A LEITURA CACETE!!!

Alcofa (escutando o Cavalera Conspiracy! cabou de vazar!! Foda!!!)
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Sunday, January 20, 2008

Finalmente!!!

Quando falamos sobre HQs adaptadas para a telinha/telona, nosso lado nerd sempre fala mais alto, seja para dizer que o Batman não tem mamilos no uniforme (morra Joel Schumacher, se é assim que se escreve seu nome)ou para falar que Cris Nolan é o cara e que finalmente alguém pegou o espírito real do morcegão.

Mas quando o papo é animação, tudo é mais fácil (ou difícil em certos casos). Nos anos 90, quando o desenho do Batman surgiu, uma legião de fãs ficou de queixo caído, espatifado no chão. Lá estava o personagem preferido de milhares de nerds devidamente adaptado: sombrio, inteligente, sagaz, violento e com uma animação perfeita. Até tentaram amenizar com as temporadas seguintes (com a introdução de um Robin um tanto quanto mais cartunesco, a Batgirl e outras coisas), mas o espírito da coisa estava lá.



A animação do Superman não fica atrás: enquanto uma mostrava toda a escuridão que um merecia, a outra mostrava toda a pompa que o filho de Krypton merece. Com episódios que possuíam roteiros um tanto quanto leves em comparação a sua contraparte das trevas, a animação do Azulão contava com gente de alto calibre da DC, como os Novos Deuses, Lobo, Legião dos Super Heróis e por ae vai.



Não satisfeita a DC vai além...

Com a animação da Liga da Justiça (que posteriormente viria a se tornar Liga da Justiça sem Limites) aquilo que ninguém acreditava muito se concretizou: uma animação que era nitidamente feita direta e quase que exclusivamente para os fãs das HQS, tamanho o número de referencias e homenagens a tantos personagens/momentos clássicos do Universo DC. Se a Marvel jamais acertou com suas animações (e olha que ela teve essa chance com The Ultimates, que ficou algo no mínimo bobo), a DC acertava cada vez mais. Conheci mais de uma pessoa que adora o desenho da Liga sem jamais ter lido uma unica edição sequer dos mesmos e, quando ficou sabendo que existia uma revista destes personagens, logo me pediu algo para ler. Por causa desta casualidade, trouxe mais três novos leitores para a DC Comics (royalities, please).



Tudo perfeito, não é mesmo?

Claro que não...

Quando fiquei sabendo da animação dos Novos Titãs (ou Jovens Titãs), eu quase tive um orgasmo involuntário. O grupo de sidekicks da DC sempre foi um dos meus favoritos no hall de personagens da editora. Tenho tantas edições em formatinho que volta e meia eu to relendo alguma coisa delas. E tamanha foi minha DECEPÇÃO ao ver aquilo!!! Meu deus, conseguiram fazer algo pior que Smallville!! E olha que eu achava que isso era impossível!

Mas claro que quanto mais se mexe em merda, a tendência é feder mais, não é?

A animação "The Batman" é no mínimo, bisonha. Ridícula. Mal feita e de extremo mal gosto. Se alguém gosta disso ae, me desculpe, mas é melhor você perder seu tempo vendo filmes pornôs da década de 60 do que ver isso. Garanto que é mais interessante. E os roteiros são melhores...

Não sei se é efeito direto destas ultimas animações da DC, mas acho que os caras viram que eles deixaram um público grande DEMAIS orfão de muita coisa. E anunciaram que iriam produzir animações mais voltadas aos fãs, ao público adulto e tals...

Huuummm...

Quando Superman: Doomsday saiu, vi um monte de gente falar merda sobre a animação. Vejam os posts anteriores e vocês verão minha opinião sobre esta verdadeira obra de arte. E a DC anunciou também a adaptação de um de seus maiores clássicos recentes: Liga da Justiça - A Nova Fronteira.



Será que é uma boa idéia adaptar algo tão completo? Ao meu ver, tornou-se rapidamente um clássico ao lado de obras como Cavaleiro das Trevas, Watchmen, Reino do Amanhã e Odisséia Cósmica (que muita gente não considera clássico, mas gosto não se discute).

Será que desse mato sai cachorro?

Baixei via torrent uma versão que vazou (que infelizmente fica preto e branco de vez em quando, mas com pouca frequencia). Assisti sem legenda, pois graças a Deus inglês não é problema. Terminei de ver há exatamente 5 minutos...

Vou ser o mais sincero possível: quando eu li "Nova Fronteira" foi bem depois de seu lançamento, pois na época eu não comprei porque estava sem grana. Faz pouco tempo que reli a obra.

Uma palavra: PERFEITO.

A Dc superou qualquer coisa que já tenha feito em animações com isso aqui. O traço da animação é extremamente fiel ao de Cooke, o roteiro não foge em momento algum do original, mas simplifica bastante o conceito político e crítico da série, mas sem omitir o mesmo. E isso foi sua carta na manga. Manter a essência da obra original. Se com "Superman-Doomsday" a DC adaptou a obra original, aqui ela manteve todas as características da fonte. Todas mesmo! Mas o melhor foram os detalhes: se muita gente reclama que as animações costumam suavizar algumas coisas, aqui você não verá nada disso! A trágica cena de Jordan e o soldado coreano (e seu fatal desfecho) está presente na íntegra; a batalha dos heróis com os monstros no final (e monstro sendo dilacerado, evicerado a rodo!!!); Batman dando umas fraturas expostas em vagabundos(!), enfim, tudo o que nós vemos na obra original em termos de violência (e não que a obra precise disso para se sustentar), está lá.



Quando sair um DVDRip melhor, eu baixo novamente para ver com melhor qualidade. Quando sair o original eu faço questão de comprar, seja importado ou nacional (que eu duvido que saia por aqui). Sério mesmo: a melhor animação de HQs que vi até hoje. To de queixo caído. Quebrado na verdade.

E se não estou errado, vai sair mais uma com a adaptação do clássico "O Contrato de Judas"... Putz, se não fosse atleta de longa data, enfartava! E imaginem... Cavaleiro das Trevas adaptado desta forma!!!!! Quem sabe um dia?

Alcofa (maravilhado com o respeito que tiveram com esta obra... escutando Overnight Sensation, Motorhead ... Elvis é o caralho, o Deus do rock é Lemmy Kilmister!!)
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Wednesday, January 09, 2008

O Aranha em boa forma!

Vou ser sincero: tem uma pancada de coisa da Marvel que eu simplesmente desisti de ler. Não agüento mais. Os X-Men são o maior exemplo disso. Tudo bem que de uns tempos para cá até deram uma repaginada na vida do grupo e tals, mas já era. Acho que as únicas coisas dignas de nota deles foram a fase de Morrison no titulo e este novo arco que está saindo aqui, na revista mensal dos mutunas (com os desenhos de Bachalo). Fora isso, o resto é bobagem pura e repetição eterna.

O Homem Aranha foi um dos primeiros heróis com os quais tive contato. Na verdade, meu começo com as HQs de heróis foi com o Universo Marvel e, justamente ele, que hoje em dia é algo que eu quase não leio mais. Muitos personagens são maltratados por suas editoras, mas eu sinceramente espero ver o dia em que algum deles supere o Sr Parker. Puta que pariu, tudo que é roteirista ruim pega a revista deste cara!!!



Quando sua linha “Marvel Knights” começou e eu vi o nome do mega fodonico Mark Millar na capa, eu fiquei bem curioso para ver, afinal, ele é conhecido ou por abusar bastante ou inovar bastante. Mas deixei passar na época. Acho que só tinha lido a 1a edição e olhe lá.

Existe um sebo no centro de Sampa onde eu costumo gastar um pouco lá com HQ. Na verdade, eu não estou sendo sincero: eu gasto bagarai lá! E o dono é tão gente boa que ele consegue TODAS as edições especiais que saem nas bancas e, como sou cliente fiel, geralmente pego uns 10 paus de desconto em cada uma delas. Então , nesta ultima visita ao mundo da perdição financeira, acabei pegando Homem Aranha: Potestade; Novos X-Men E de Extinção, Hellboy Contos Bizarros Vol 2 e Homem Aranha Caído entre os Mortos.

Novos X-Men eu já tinha lido tudo via scan, portanto é só pra ter na coleção mesmo. Este especial do Homem Aranha se parece TANTO com a obra de Frank Miller com Batman que, sei lá, fica até difícil dar uma opinião sobre ela. Positiva ou negativa.

O encadernado das 12 primeiras edições da fase do Aranha sob a tutela de Millar é perfeito! Não é clássico nem vai ser lembrado eternamente, mas é tão gostoso de ler que, ao terminar, é inevitável a folheada para ver aqueles momentos legais. Interessante também porque ele mostra a mudança de um dos vilões mais famosos do Aranha (Venom) e tem toda sua trama arquitetada pelo maior inimigo do personagem, que ultimamente só vinha ganhando histórias bem bobas: o Duende Verde.



Para quem ainda não leu, aconselho a compra deste encadernado. É daqueles que vale a pena ter na prateleira, estante ou armário (meu caso). Lembra a boa fase do personagem, que está merecendo morrer de vez, para ver se pelo menos assim seu legado fica em paz.

Uma ultima nota: a Panini está encadernando arcos relativamente recentes de vários personagens, sejam eles títulos mensais ou mini séries. Então porque diabos ela ainda não encadernou “Quiver” (Espírito da Flecha no Brasil)? Foi o arco que trouxe o Arqueiro Verde de volta e, pode ser incluso entre as leituras mais divertidas e proveitosas da DC nos últimos anos! Fica a dica!

Alcofa (que bobeou e só comprou os dois primeiros encadernados de Gotham Central... preciso correr atrás do resto! Escutando um dos álbuns mais criticados da história, porem de lugar generoso no meu coração, Load – Metallica)
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