Wednesday, October 24, 2007

Resenhando

Faz tempo que não "falo sobre Heavy Metal". Como meu blog anda com um número de visitas igual ao bingos em Sampa (ou seja, quase zero, pois ainda existem os bingos "piratas"), vou escrever para meu bel prazer "and fuck off".

Conhecer bandas sempre é algo bom, contanto que elas não sejam de gosto nacional, que você pode entender por axé bunda e qualquer coisa que seja parecido-influenciado por isso. Conheci o Arch Enemy em 2005 e foi um lance meio de paixão e ódio, pois não sou lá muito fã de vocais guturais, mas no caso da pedaçuida Angela, eu abor excessão! A verdade é que o AE é foda de verdade e, executando um metal para lá de bom, os caras mantém a linha do albúm anterior "Doomsday Machine(05)" com este "Ryse of Tyrant(07". Eu sinceramente acho que os caras meio que abiriram o coração neste albúm, pois as partes melódicas estão muito mais presentes, mas isso já tinha sido demonstrado de maneira um tanto quanto discreta no albúm anterior. Desde a faixa "Blood on your Hands" até a legal bagarai "Vultures", o que vemos aqui é uma banda coesa e totalmente consciente do que está fazendo. O Arch Enemy ao lado de bandas como Machine Head (e seu perfeito "The Blackening"), Trivium e Shadows Fall está literalmente roubando a cena no quesito "bandas com menos de 20 anos". Merece lugar de destaque no mp3 player de qualquer um.



Saindo do som extremo e indo para a banda mais "clássica" do metal, me deparo com o "Gods of War Live", terceiro cd duplo ao vivo da banda. O Manowar é mais do que conhecido por seus exageros e o caralho à quatro, mas vamos ser sinceros: os caras detonam ao vivo! Depois de seu último albúm, Gods of War, que não agradou a todos (eu,eu,eu), a banda solta um duplo ao vivo que, graças ao bom deus, seguiu a fórumla dos anteriores: não repetir músicas ao vivo. Tudo bem, vemos uma ou outra aqui e acolá, mas só o fato de ver o segundo albúm da banda (que conta com uma produção horrível) ter várias músicas aqui, já vale a audição! No segundo ao vivo da banda (Hell on Stage) nós fomos presenteados com alguns dos melhores sons dos caras ao vivo, que são justamente deste album, como "March for Revenge", "Hatred" e a mais do que clássica "Gates of Valhalla". O segundo cd deste novo ao vivo vem mais focado na fase recente da banda e, as músicas do "Gods of War" ao vivo ficaram bem melhores que em suas versões de estúdio. Para fãs e apreciadores de bom metal. Principalmente pelo CD1, que chega a emocionar.



O Exodus é uma banda de altos e baixos. Possui desde trabalhos medianos até coisas espetaculares (como o clássico Bonded by Blood e Tempo of the Damned). Com a saída de Zetro dos vocais e a entrada de Rob Dukes no lugar, o som da banda ficou ainda mais agressivo e perdeu um pouco daquela cara de Thrash Metal Clássico, com o album Shovel Headed Kill Machine. seu sucessor, o album The Atrocity Exhibition:Exhibit A vem meio que corrigir isso. O album começa com uma das melhores "levadas" de guitarra e bateria da história da banda! Riot Act nasceu clássica! Mas tudo que é bom sempre tem um defeito: o albúm é bom pra cacete, isso não se discute, mas às vezes dá aquela sensação de "esta se parece demais com aquela". Nada que atrapalhe, pra ser bem sincero, mas poderia ter uma variação maior. Bom, mas não ganhou o título de album do ano de Thrash que ficou, sem sombra de duvida, com os caras do Machine Head.



Isso ae. Três albúns bons bagarai pra escutar. Até ia resenhar o "novo" do Danzig, mas o Doggma já fez isso...

Abração!


Alcofa (delirando com o cd 1 do Gods of War Live ... caralho, os caras podem ser posers e a porra toda, mas o Manowar é foda ... Other bands play, Manowar Kills!!!)
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Tuesday, October 16, 2007

Complicado de Entender...

Hoje em dia a oferta de HQs nas bandas é gigantesca. Se você olhar dez anos para trás e ver como era o volume e qualidade das publicações, notará que vivemos em um verdadeiro paraíso hoje em dia. Temos Marvel, DC, Image, Wildstorm, Mangás para todos os gostos, Vertigo e afins. Os amados/odiados mix estoa um pouco mais justos hoje em dia, cortando um pouco daquele lance clássico que a Abril Jovem (queimem no inferno) amava tanto fazer, de colocar aventuras do Aranha em sua revista e na do Capitão América, por exemplo, te obrigando a comprar o outro titulo... Temos coisas publicadas mensalmente que pareciam impossíveis até certo tempo atrás, como Hellblazer. Ou em álbuns luxuosos bonitões, como Monstro do Pântano. Ou arcos inteiros e na ordem cronológica a cada três meses, como Gotham Central.

Mas porque certas coisas não saem? Ou pelo menos dão a entender que não vão mais sair?

Um dos exemplos que está me deixando preocupado de verdade com sua publicação é Tom Strong, de Alan Moore, pelo seu selo “America Best Comics”. O fato de ter visto Promethea por aqui foi algo que realmente me impressionou. Até então, eu só estava LENDO a Pixel Magazine. Agora to comprando. E pra piorar (?) colocaram DMZ também!

Mas cadê o Tom Strong?



Odeio a Devir e quase tudo que ela publicou nas HQs, mas com Tom Stron eu dou o braço a torcer. Os caras acertaram ali. E muito. Desde o cuidado da capa (envelhecida) e suas paginas internas (idem), tudo em TS foi bem tratado. O personagem possui ótimas historias, divertidas em sua grande maioria e, com certa humildade e sem pretensões megalomaníacas (Grant Morrison), grandiosas em certos momentos. Com tramas muito bem elaboradas, as aventuras de TS e família possuem o “charme” de outra obra de Moore: a Liga Extraordinária. O personagem para quem é bom de pegar “referencias” é um verdadeiro achado entre tanta mesmice: uma mistura mais do que genial entre Reed Richards (intelecto), Superman (um pouco da aparência e seu idealismo), Tarzan (origem na selva), Doc Savage e Indiana Jones (o lance de ser um explorador incorrigível) funciona perfeitamente e, seus vilões são verdadeiramente “clássicos”. Leitura praticamente obrigatória para quem é fã de Astro City, por exemplo. Será que não vão continuar a publicação dele por aqui?



Bom, sua série (assim como Promethea) é relativamente curta, com pouco mais de 30 edições. Eu acho que merece a continuação em encadernados.

E tenho dito!

Um pequeno (na verdade, bem GRANDE) PS: Eu atualmente estou desempregado e, portanto, vou passar pouco tempo à toa na net (porque lugar de ficar à toa é noserviço, não em casa!). As ultimas postagens (do Rio para cima) são todas novas e, o ritmo (se é que esta bodega tem algum) vai ser assim durante algum tempo, várias postagens de uma vez, ok?

Alcofa (que acabou de ver o novo resident Evil: Extinction e achou uma coisa tão mal aproveitada como os anteriores... escutando o bom bagarai “The Famous Unknow, álbum de estréia do Ancesttral, banda paulistana).
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Coisa de Macho...

Legal ver o tratamento dado a algumas HQs no Brasil. As republicações da Panini em sua grande e esmagadora maioria são todas dignas de nota. Vejam os volumes dos Vingadores e Quarteto Fantástico, por exemplo. Uma pena que eles não lançaram mais nada dos Titãs (eu sou fã REALMENTE das antigas do grupo) e não lançam nada da Liga da Justiça sob a batuta de Keith Giffen, mas em compensação tivemos Lendas republicada em volume único e logo mais teremos Odisséia Cósmica. Mas não foi nenhum encadernado de “supers” que me motivou a escrever isto aqui.

Foi o encadernado da saga de um dos caras mais macho que já existiu na porra do universo das HQs: Preacher.



Que eu odeio a Devir, isso não é segredo. Os caras lançaram três volumes de Preacher com um bom volume, um preço nem um tanto justo e uma qualidade na paleta de cores tão ruim que dá vontade de vomitar. Mas é Preacher porra! E eu realmente não tinha comprado nada de Preacher pela Devir até então. Mas quando eu folheei o volume da Pixel e notei o eterno fator “custo x benefício”, não deu pra resistir. Fui atrás de tudo que tinha saído recentemente de Preacher.

Lá vai o Alcofa véio de guerra atrás dos três volumes da Devir e dos especiais (dois) da Pixel...

Preacher nunca teve sua publicação concluída no Brasil. A Brainstore não manteve a publicação (sei lá eu qual o motivo) e, os fãs de Jesse, Cassidy e Tulipa (sem esquecer o Cara de Cu) ficaram a ver navios e com aquele sentimento de “fodeu” na cabeça. Claro, teve os scans do RA que, com muito esforço, nos trouxe a saga até o fim. Mas NÃO É A MESMA COISA!!! Eu acho que scan é legal pra conhecer ou pra ter aquele algo que ou você não acha ou nunca sai por aqui, mas HQ mesmo é no papel, isso é fato. O conforto, o fato de ler onde você quiser, enfim. É o mesmo caso de Sandman pela Conrad: é caro bagarai, mas vale cada centavo depois que você termina de ler...



nfim...

Preacher é uma das sagas que mais merece ser concluída no Brasil. Ela é relativamente curta (66 edições mais 6 especiais) e, se não estou errado, ficará com um total de nove encadernados. Pode sair pela Devir, pela Pixel, pela Conrad, pela puta que pariu, mas que saia!!!! Preacher é a melhor coisa que li no sentido de juntar toneladas de humor negro, cinismo, crítica social, e muita violência que eu já vi até hoje! Sem falar que se Garth Ennis tivesse mais edições ao longo da série, Jesse Custer seria mais um provável candidato a tomar o posto de Chuck Norris! Preacher é coisa de macho. Curto e grosso. Sem frescuras, foda-se quem não gostar dos argumentos apresentados ali, mas a cada edição as historias cospem cada vez mais na bandeira dos Estados Unidos da América e vomitam sem parar nas religiões organizadas e nos malditos cultos que existem mundo afora. Isso sem falar nas famílias de serial killers que tanto adoramos ver em filmes/livros/revistas, como a do próprio Jesse.
Ta ficando repetitivo... Parabéns mais uma vez à Pixel Media pelo excelente trabalho e respeito ao leitor. E tomara que vocês tenham um contrato de duzentos anos com os selos que pegaram. E olha que eu nem comentei que finalmente saiu o ultra mega fodônico DMZ na Pixel Magazine deste mês...

Alcofa (que já leu a saga de Jesse Custer duas vezes e ainda vai ler uma terceira vez, agora em papel, se tudo der certo! Escutando o ótimo (e pouco conhecido) Painmuseum, Metal for Life)
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Cinema Nacional de Qualidade ... e muita!

Volta e meia eu vejo alguma coisa do cinema nacional. Não que eu tenha a “mente fechada” com películas produzidas em terras tupiniquins, mas sou sincero quanto a isso: o cinema nacional saiu da fazer “engatinhar” e está dando seus primeiros passos.

Acho que a grande maioria dos filmes nacionais tem um “corpo” muito parecido. Não sei se é pelo fato da galera fazer faculdade de cinema tudo no mesmo canto (hehehe) ou se existe alguma tendência, mas isso é fato. Obras que tenham uma veia cômica mais nítida geralmente são as que se destacam mais, como “O Alto da Compadecida” e, algumas tentativas diferentes conseguem ter algum êxito.

Mas e quando você consegue ver um filme nacional PERFEITO?

Pior: e se você assiste DOIS FILMES assim?



Quando eu vi que a obra de Lourenço Mutarelli, O Cheiro do Ralo,seria adaptada para a telona, eu nem me choquei, afinal, o livro é realmente muito bacana de se ler. Acho que ele é quase um raio-x de muitos seres humanos que vemos por ae afora. Volta e meia eu me identifiquei no livro, principalmente nas partes “podres”, afinal de contas, um dos dizeres do meu blog é “seguindo a bunda maravilhosamente redonda de uma mulher”. Neste fim de semana peguei o tal filme para assistir, pois em sua estadia no cinema eu deixei passar, de propósito mesmo. Eu já tinha lido o livro e, como quase sempre o livro é melhor que o filme, não fiz muita questão. Mas e quando o filme consegue ser tão bom (e em alguns momentos melhor ainda) quanto o livro?



A linguagem usada no filme é única. Cenas paradas o tempo todo e, quando existe alguma movimentação real no set, você percebe nitidamente que isso está sendo feito sempre com a câmera no ombro. Mais underground impossível. Mas eu acho que este não é o verdadeiro mérito do filme. Nem de longe. Ele não tenta ser underground e muito menos mainstream. Ele tenta ser ele mesmo. Ele tenta ser o livro e mais um pouco. E consegue com todos os méritos possíveis e imagináveis.



Selton Mello no papel de Lourenço está perfeito. Ele disse que este até o momento foi o papel de sua vida. E acho que ele tem razão. Todos os atores no filme são soberbos (principalmente a garçonete e sua bunda ultramegahiper maravilhosa!), mas nem isso conta. Na verdade, o filme é um grande espelho da alma humana em diversos aspectos e, eu consegui assistir o mesmo duas vezes. E ainda vou ver mais uma. Ta. Eu admito: as cenas da bunda eu já vi umas quinhentas vezes... Fazer o que? A única coisa que eu posso dizer sobre este filme, de verdade: único e singular.

O segundo filme que eu vi foi algo que vazou e deu até prisão. Quando eu fui comprar no camelódromo (este nome é ridículo, porem é mais do que perfeito) Tropa de Elite, eu também comprei sem nenhuma expectativa. E minha surpresa e satisfação foi tão grande quanto.

O filme mostra a rotina de alguns personagens envolvidos diretamente com o BOPE, que é a policia especial do Rio de Janeiro (semelhante ao GOEe e a Rota de São Paulo, mas eles tem um caráter mais militar, menos policial) e, mostra isso de maneira tão crua e precisa que em certos momentos você chega a achar que é um documentário.



Muita gente diz que o filme é violento demais, que isso, que aquilo, e ae aparecem aqueles idiotas dos direitos humanos e seu eterno blá-blá-blá. Enfim: não vou entrar em detalhes políticos e muito menos expressar a minha opinião real e muito sincera sobre como eu acho que a policia deve lidar com “meliantes” e, o fim que eu gostaria que cada membro dos direitos humanos tivesse quando eles vão defender caras que cometem as maiores atrocidades possíveis e imagináveis, mas nunca vão ver as famílias prejudicas por estes... Enfim, excelente filme.



Excelente Livro também ...

Acho que estes dois casos são exemplos do tipo “tapa na cara” de que é possível ser feito (e muito bem feito, em ambos os casos citados) filme nacional de qualidade e que agrade públicos diversos.

Um ultimo adendo: meu post abaixo é um pouco velho, pois netse feriadão eu fui novamente ao Rio e fiquei só en Niterói e, lá estava eu vendo umas tatuagens para fazer e, amigo meu chega e diz: Tá na dúvida, meu irmão? Faz "faca na caveira logo, porra!"

Alcofa (que está tentando comprar “O Cheiro do Ralo” em sampa e não encontra!!! Quando eu li, foi emprestado. Mas dar um role nos sebos valeu a pena: comprei 3 volumes do Sandman da Conrad em perfeito estado por 35 paus cada! E também to querendo comprar o Elite da Tropa, mas como o filme ta em evidencia demais, vai ser tão complicado quanto...)
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E o Rio de Janeiro continua lindo!

Recentemente fui ao Rio, em uma viagem que foi um mix de turismo e negócios. Fui com meu irmão, de carro, e a viagem de 4 horas pela Dutra foi bem agradável. Meu irmão acéfalo dirige bem pacas e, pude até tirar meu cochilo numa boa (o que me poupou de ver alguma barbeiragem digna de nota).

Nossa tour pelo Rio começou em Nova Iguaçu. Eu nunca tinha ido ao Rio e, ao chegar aqui, já comecei a ver algumas das coisas que tanto pregam na nossa “querida” tv brasileira: favelas, desigualdade social e um pouco de transito... Mas perae! Isso eu tenho em Sampa também! E de monte!

Saindo de Nova Iguaçu, fomos ao Rio mesmo, a capital. Fiquei bestificado ao chegar lá. Meu irmão foi resolver umas pendengas e eu fui bater perna, como bom paulistano que sou! Chinelão, bermuda e camiseta regata, eu tava mais para gringo do que paulistano,afinal, meu bronzeado de lagartixa já é lendário! Conhecer Copacabana, Leblon, Barra da Tijuca, o “pé” do morro da rocinha, Niterói e tantos outros locais famosos do rio (como aquela estrada que esqueci o nome, mas ela é toda uma parede cortada na montanha de um lado e o mar do outro) foi realmente de emocionar um cara acostumado a paisagens cinzentas, fumaça, engarrafamentos e gente mal educada ...



E falando em má educação: o povo do Rio não é NADA DO QUE FALAM aqui em Sampa! Achei todos de uma simpatia e educação tamanha que fiquei até com vergonha em alguns momentos! Fui tão bem recebido nos locais em que fui (e não, eu não estava gastando dinheiro, eu estava pedindo informações) que fiquei encantado com a grande maioria das pessoas. Claro que teve este ou aquele que tirou um sarro da minha cara (iiii, o pauliiiiisssta ta perdidaço, ae!), mas isso faz parte de uma boa excursão, não é?

E as mulheres...

PUTA QUE ME PARIU!!!! QUANTA MULHER BOA TEM ALI!!!!!

Arraaammmmm ... Mal ae. Sorry. Aqui tem leitora que volta e meia passa por aqui.

Enfim, o Rio é legal pacas. Sim, tem todo aquele problemão da violência, das favelas (mora muita gente boa por lá, diga-se de passagem), dos maus policias, mas em Sampa e varias outras cidades também tem disso, em maior ou menor escala.

Mas se existe um paraíso no Rio, este lugar chama-se Niterói.



Arrumei um novo local para passear de vez em quando!

Alcofa (que ao chegar no rio sintonizou uma radio local e escutou um concurso de “batidão do galerão”, e quase mijou de tanto rir ...)
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