Friday, March 30, 2007

Saindo da adolescência

Ele surgiu na famigerada década de 90 e, foi um dos que se salvou do “Image Style”. Com um traço único e cativante, aliado a personagens para lá de pitorescos, um charme na linha das melhores histórias de Edgar Allan Poe e os mitos de Ctullu, ele garantiu seu lugar no coração dos sempre exigentes fanboys.

É claro que to falando do Hellboy.



Mike Mignola conseguiu criar um universo único, que é uma mistura dos itens citados acima com o começo perfeito da série Arquivo X, que nasceu perfeita, continuou assim durante um tempo e, depois, as doletas subiram demais para a cabeça do povo lá, e não terminaram a mesma quando deveriam.

Lost ta indo no mesmo caminho.

Tudo relacionado ao Hellboy é legal bagarai, mas o melhor de tudo é sem duvida nenhuma, o respeito do criador pelo personagem e, conseqüentemente, seus fãs. Mike viu que a super exposição do “mão direita da perdição” seria um erro, e ele fez algo que muita gente já deveria ter feito com vários personagens: ele só faz quando dá na telha. Mas a melhor parte é que o “staff” de Hellboy é tão bom quanto o protagonista, e personagens como Abe e Roger garantem a simpatia logo de cara, e tem suas histórias solo. O Bureau de Pesquisa e Defesa Paranormal é algo perfeito. Tudo lá é uma engrenagem perfeita. Tudo muito bem pensado e coeso. Suas aventuras solo, seus integrantes, as ramificações de vários acontecimentos, enfim, Hellboy é daquele tipo de HQ que você lê, lê mais uma vez, e depois de algum tempo da uma folheada para relembrar de algo legal.



Outro fator interessante é que Mike dá exatamente a mesma atenção a todos os personagens que criou, sejam eles “meros” coadjuvantes quando surgem (Roger, o homúnculo) ou até mesmo o sidekick involuntário (Abe Sapien). E já que citei coadjuvantes, porque não lembrar do Lagosta Johnson, que por uma simples historia curta logo que surgiu, virou um dos preferidos da galera (“você não tem chance contra a tenaz da justiça!”) e, mesmo depois de morto, ainda é querido entre os fãs, afinal, até como “assombração” ele já apareceu.

As portas continuam abrindo pro demonião e, temos o primeiro filme dele, que agradou bastante. Não é um clássico, mas tem aquele ar “legal” das aventuras do personagem, o que já garantiu um belo sorriso perante aos fãs. Em tempos de Sin City e 300, onde a “fidelidade” é o que conta, o filme do Hellbou foi fiel à sua maneira, mudando poucas coisas na origem do personagem, como a morte do professor Trevor, tutor de HB. Nada que estrague a obra, que fique claro.



Mike Mignola continua “expandindo” seu campo de atuação e, vai para a animação. Antes mesmo do longa animado do HB (Sword of Storms), ele se aventurou com o excelente piloto de sua mais nova criação: The Amazing Screw on the Head. Esta animação foi belamente resenhada pelo Doggma há algum tempo e, devido a esta resenha, eu baixei o mesmo e gostei bastante do que vi. A arte do desenho tem a arte de Mignola, fugindo do contexto “cartoon” do longa animado do HB, o que me fez pensar: porque diabos SoS não foi feito da mesma maneira? Para quem ainda não viu as duas animações, aconselho de verdade que o façam, pois ambas soa ótimas.

HB já passou também pelos campos dos games, mas sem muito sucesso. Ele teve dois games, um para PC e outro para PS2. ambos sem muito sucesso, mais pela mecânica de jogo do que pelo enredo do mesmo, que ficou fiel ao clima das aventuras do personagem. Se não estou errado, ele vai ganhar um novo game para o Xbox 360 (eu quero um !!!!!). Esperemos.

Hellboy é publicado no Brasil pela Mythos editora, esta que eu considero como cheia de altos e baixos. Algumas vezes eles acertam no custo beneficio, em outras eles publicam só para quem pode comprar, o que é um erro gritante, pois isso afasta muitos leitores, e um material desta qualidade não deveria ter tal visão de mercado. Problema é que um simples encadernado de 200 paginas muitas vezes custa em media uns 40-50 reias, o que é um absurdo. Eu tenho todos, mas é pelo fato de eu ser um completo maluco neste quesito.



Preciso voltar a usar o DC++. Urgente.

Um novo filme se aproxima, uma nova animação, mais publicações no Brasil (tanto as aventuras solo quanto as do Bureau) e, ao que me parece, HB está saindo da adolescência muito bem, afinal, para um personagem que não tem 15 anos direito, e alcançar o que ele já alcançou, é um mérito e tanto. Digno dos mitos de Ctullu.

Alcofa (que verte lagrimas toda vez que compra um encadernado relacionado ao HB ... de felicidade e tristeza, por mais estranho que pareça. Escutando o maravilhoso “Metal”, mais novo álbum do mega fodônico Annihilator. Jeff Watters é foda!)
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Wednesday, March 14, 2007

Uma visão do Image Universe

No começo de 92 surgiu o tão falado e odiado Image Universe. Todos sabem como foi, como terminou todo o “boom” daquela época e como andam as coisas hoje em dia. Mas fica a grande duvida: o universo da Image era tão ruim assim?

Tudo bem, a premissa básica no começo era: bundas, músculos, sangue, mais bundas, peitos, mais músculos, posições que desafiavam a gravidade, elasticidade absurda, nomes horríveis e roteiros duvidosos. No começo nós tínhamos Youngblood, Spawn, Savage Dragon, Wild C.A.T.S, Cyberforce, StrykeForce, Brigada, Supremo e mais alguns ae. Sim, os roteiros em sua grande e esmagadora maioria eram completamente sem sentido e mal estruturados. Os desenhos em alguns casos eram verdadeiros pin-ups, como os “cats” de Jim Lee. Em outros misturavam aquele jeitão descontraído de mestres como Simonson e Miller (Savage Dragon é a prova cabal disso, principalmente no que se refere a quadros e onomatopéias), e alguns realmente não pareciam com nada. Sim, eu em refiro ao Rob Liefield quando escrevo isso.



Problema é que o tal Image Universe não era assim tão ruim. Ele era mal estruturado. Ao invés dos caras se preocuparem com bons roteiros, eles pensavam em bons desenhos. Ao invés de se preocuparam com uma boa continuidade, eles se preocupavam com 4 capas para o mesmo titulo (se bem que hoje em dia isto ainda é válido, né Marvel?). Mas nem tudo estava perdido. Jim Lee percebeu que seus gatos selvagens estavam com bola cheia, que tinham combustível para serem fodões, mas ele não sabia como fazer isso. O que fez? Chamou um nome de peso: Alan “caveman” Moore.

Moore trabalhou em bastante coisa na Image. Fez os títulos de Jim Lee, Supremo de Rob Liefield (que ficou muito bom, diga-se de passagem) e mais algumas coisas. Nesta fase de transição, alguns títulos se mantinham com uma boa linearidade (Savage Dragon), outros estavam crescendo tanto que acabaram se perdendo por causa da megalomania do criador (Spawn), outros estavam indo para o abismo mesmo (Liefield?) e ainda surgiam alguns, como o Pitt, personagem de Dale Keown, que desenhou o Hulk na fase “professor”. Como era o Pitt? Personagem basicão da Image: músculos até dizer chega, sem cérebro, uma premissa até interessante de inicio, e que não durou mais que 20 edições e alguns especiais.



Estaria a Image fadada ao fracasso e as macumbas da Marvel iriam realmente pegar?

Segunda metade da década passada e a Image ainda aparecia com coisas legais, como Battle Chasers, que fez tanto sucesso na época que seu criador deu um big “foda-se” para os fãs, e foi trabalhar com games.

Não vingou.

Voltou as HQs. Para a Marvel. Pufff...

E por falar na Marvel, muita gente xingou a Image, detonou e tals, mas as HQs da Marvel eram exatamente iguais ou piores. Lembre-se que os criadores da Image eram essencialmente DESENHISTAS, não roteiristas. Os caras que escreviam, na época em que a cambada saiu, continuaram lá. Lembram das sagas dos X-Men, Quarteto, Vingadores, Homem Aranha nesta década?



Pois é. Padrão “Image” de qualidade.

O tempo continua passando, alguns saem da Image em situações meio estranhas. Marc Silvestri saiu e montou a Top Cow, com uma linha de HQs relativamente mais pesada em suas temáticas, com materiais como The Darkness e Witchblade. Depois surge um boato de que ele brigou feio com os dois babacas-mor da empresa. Logo após Jim Lee debanda também e cria um estúdio próprio para ele, que depois é agregado pela DC Comics. Depois, os babacas-mor citados anteriormente brigam entre si e debandam também. Claro que to falando de Rob Liefield e MacFarlane. Fica a cargo de Eric Larsen cuidar da Image Comics. Savage Dragon? Foi deixado de lado durante um bom tempo, mas nunca abandonado, e é publicado até hoje.

Marc tem sua empresa. Larsen cuida da antiga. Lee trabalha em seu estúdio e começa a desenhar para a DC Comics. MacFarlane sobrevive da MacFarlane Toys, que de longe é a melhor empresa de bonecos do mundo, dado o nível de detalhamento dos mesmos. Mas o cara sempre gostou de ser polêmico e uma época ae arrumou uma confusão giga com um dos queridinhos do publico Nerd. Neil Gaiman. E me corrijam se eu estiver errado, também brigou com o Alan “caveman” Moore. Será que ele ainda tem algum ponto com algum fã de HQs?

E Liefield?



Estranhamente, Rob é relativamente RESPEITADO e CONSIDERADO no meio em que trabalha. Tem gente que o compara a Jack Kirby (????). Nos EUA, volta e meia ele é convidado para fazer algo, como duas edições horríveis dos Titãs que saíram por aqui. Se isso é marketing puro e descarado, eu realmente não sei, mas chega a ser cômico, não é mesmo? Pow, o cara é odiado pra valer em tudo quanto é canto, teve uma época em que todo mundo sabia que ele não desenhava seus títulos, mas eles vinham indicando que sim, e não tem senso nenhum de anotomia...

Deixa eu parar de falar mal porque o objetivo é falar BEM da Image neste texto.

Hoje em dia, a Image mudou muito, mesmo. De seus personagens iniciais, o único que realmente “restou” foi o mega fodônico Savage Dragon, mas que já não habita mais o Image Universe. Quem acompanha o titulo em inglês sabe do que eu to falando. As HQs da editora mudaram muito, tanto na “cara” quanto no conteúdo. Os pin-ups já não habitam mais as paginas de seus titulo e tudo é muito diferente, e, por mais incrível que pareça, alguns de seus atuais títulos são coisas premiadas mesmo, como os maravilhosos “The Walking Dead” e “Invincible”(Mortos Vivos e Invencível no Brasil, respectivamente). Ta certo que um dos títulos mais descarados da empresa ainda ta meio ignorado por aqui (Battle Pope), mas eu tenho fé que vai sair.



Muita gente xinga, mete o pau, cospe em cima (eita!), mas uma verdade deve ser dita sobre a Image Comics no Brasil e exterior: quando ela surgiu, ela realmente arrebentou a boca do balão, literalmente. Seus títulos foram campeões de vendas e serviram para algo que eu sempre acho importante: agregar novos fãs. Muitos moleques com 12-13 anos começaram com a Image, em 93-94. Hoje, mais de 10 anos depois, estes mesmos moleques são leitores maduros que lêem coisas “melhores”, por assim dizer. E ainda teve aqueles que eram fãs assumidos, e hoje figuram no hall dos famosos, como nosso querido Robert Kirkman.

Gatos Selvagens. Dragão Selvagem. Força Cibernética. Força Acerto. Sangue Jovem (ou Sangue Novo).Sim, os nomes eram horríveis. Às vezes até os personagens, mas todos eles tiveram sua importância na longa e difícil saga das HQs no mundo, e em terras brazilis também.

Grande abraço!

Alcofa (que remexendo na sua coleção descobriu que possui o numero 1 do Youngblood!!! Hahuahauhauahuahua. Escutando o novo do Annihilator, Metal. Jeff Watters manda MUITO BEM no que faz!)
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Thursday, March 08, 2007

A Morte nas HQs

Capitão Marvel. Superman. Thanos. Capitão América.

Sim, a bola da vez é dele, do meu eterno herói lançador de escudo e brega até dizer chega, o Steve Rogers.

Todos sabem o que aconteceu em Civil War. Muito se falou sobre este ótimo evento na Marvel, onde vemos dois pontos de vista se chocarem com uma força tremenda. Vemos amigos de longa data em lados opostos e, consequentemente, tornando-se adversário letais um para o outro. O Cap estava de um lado, liderando os rebeldes, e o Homem de Ferro do outro, liderando os que achavam que ficar dentro da lei era o certo.

O evento acabou, muitas equipes surgiram (uma para cada estado americano!!), os heróis rebeldes em sua maioria esmagadora continuaram com o que estavam fazendo, alguns saíram do país e foram para outras paragens (como o caso do surgimento da nova Tropa Omega), e o ícone mais importante se deixou ser preso. Sim, o Cap.

Em seu titulo, o personagem estava passando por sua melhor trama em muitos anos, pelas mãos do mais do que competente Ed Brubaker. O retorno de Bucky (como O Soldado Invernal) foi algo realmente bem realizado e bem elaborado.

Com o fim de CW, na edição 25 lá de fora, a Marvel decide matar o seu maior ícone. A pergunta é: quanto tempo levará até que ele volte?

Sim, esse lance de mortes nas HQs não dá mais para ser levado a sério, esta é a verdade. Quando o Superman "morreu" em uma batalha histórica, as consequencias e o que veio a seguir foi realmente interessante, tenho que admitir. E podem ter certeza: o mesmo irá acontecer com o Cap. Rogers VAI voltar. Mudo de nome se isso não acontecer.

Já tivemos mais de um Cap América, qualquer fã da Marvel que se preze sabe disso. Então, os caras irão colocar alguém no "manto" do personagem, e estará tudo certo. Simples assim.



A morte do Capitão Marvel foi uma das coisas mais legais que aconteceu nas HQs. Ele está de volta. A do Superman também foi algo digno de nota. Ele também está de volta. E a mesma coisa ira acontecer com o Cap.

Este é o grande problema das HQs de personagens "ícones".

Muita gente reclama quando fala-se de Image, Novos Guerreiros, Jovens Vingadores, ou qualquer outra coisa que seja "nova" demais. Eu sou saudosista e assumo na boa: as melhores HQs de todos os tempos foram publicadas nas décadas de 70-80. Isso não tem como negar. De uns 6 anos para cá, estamos vendo uma verdadeira avalanche de bons roteiristas, criativos e ousados, e que ainda conseguem ser "clássicos" quando precisam. Espero que em 2010 eu diga que esta década foi ótima para as HQs. Mas se tem uma coisa realmente boa é: novos personagens "clássicos" está surgindo, e muitos dos "modernos" estão tornando-se clássicos. Complicado né?

Acho que num prazo máximo de 2 anos, ele volta. Tomara que saibam aproveitar bem o Bucky-Soldado Invernal. Tomara que estes personagens "de hoje" tornem-se os personagens "de ontem" nas HQs.

mas eu queria mesmo era ver alguém permanecer MORTO nas HQs, porque isso faz parte da vida. É muito legal você procurar num sebo aquela revista que naõ existe mais. Sabe o por quê? Porque ela "morreu", e fica esta saudade dela.

Mas nem Marvel, nem DC, nem porra nennhuma pensam assim.

Bem, ao meu eterno herói, que você descanse em paz enquanto permitirem.

Alcofa (que até gostou da maneira como o Cap morreu. Simbólico. Escutando alguma coisa do Eyehategod que eu não consigo lembrar do nome...)
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Monday, March 05, 2007

Um pequeno pedido e um grande comentário

Os anos 90 foram terríveis, não foram? Tivenmos o Collor, o metal perdeu terreno para o grunge, muitas das HQs que amávamos perderam as estribeiras em histórias nosense (Clones? X-men em novela mexicana? Capitão américa sem soro? Super Homem azul e vermelho (parece até MMs)? Batman aleijado? Liga da Justiça Internacional encerrada?). Mas também tivemos coisas boas, como a perdas das maquiagens terríveis da década passada, a ascensão dos games como entretenimento geral, a vinda do KFC para o Brasil (que infelizmente não vingou... eta povo viciado em McDonalds...), enfim, foi coisa bagarai.

Mas nas HQs teve algo que realmente chamou a atenção de todos.

Image Comics.

Todos conhecem a história, por isso eu não vou conta-la pela trilhonésima vez. De tudo que saiu naquela época, tivemos muita baboseira (entendem: Liefield) e muitas coisas legais, que eram simples e não queriam ascender a verdadeiros clássicos. Uma delas era o Savage Dragon de Erik Larsen.



As HQs da "arma mais poderosa de Chicago" eram descompromissadas, de verdade. Vinham com aquele clima descontráido que muita gente que lê HQ por puro prazer de ler e divertir-se com tais histórias (eu) gosta de ver. E o visual? Alguns eram TÃO berrantes que lembravam (em certos aspectos, no que refere-se ao exagero de combinações de cores, e não no visual propriamente dito) as aventuras dos Novos Deuses pelas mãos do mestre JK (não, não é o Kennedy). Com amnésia, forte igual ao Hulk e tão ignorante quanto (quando o assunto era dar porrada), Dragon fez um bom numero de fãs no Brasil. Mas, como todas as HQs da Image daquela safra que foram publicadas por aqui, foi descontinuada. A única que sobreviveu foi Spawn mas, alguém ainda lê aquilo? Enfim...

Os anos se passam, saiu um especial aqui e acolá do personagem no Brasil (alguns na verdade eram edições da sua série mensal) e o verdão continua no limbo.

Novo século!!!

O metal volta com força, surgem novas bandas, as HQs voltam a ser o centro das atenções entre vários fãs do passado que tinham ido embora e surgem novas editoras no Brasil, tirando o monopólio da Editora Abril, que foi sem sombra de dúvida, a que mais desrespeitou os fãs de HQs no Brasil até hoje.

Mythos, Brainstore, Panini (a nova toda-poderosa e com uma política muito diferente da anterior), Devir, enfim, são muitas. Umas vingam pela qualidade e custo benefício, outras não tem noção da realidade (alguém ae penosu na segunda citada aqui neste parágrafo?) e cobram preços absurdos por seus lançamentos. E então surge uma editora que se dispões a publicar material da Image no Brasil. A HQManiacs.



Primeiro eles nos apresentam Invencível, uma excelente HQ de super heróis contada de maneira diferente do habitual. Mas o que realmente supreende é a maneira como ela foi publicada. Em um encadernado. Nos EUA, é comum vários titulos terem seus "arcos de histórias" encadernados em volumes de belo acabamento e impressão. Tal editora decidiu fazer isso com este titulo. Impressão perfeita, apresentação perfeita e preço justo na publicação. Nem barato, nem caro. Justo. Fica óbvio que vêm mais. O que não demora. Mais um titulo do mesmo autor de Invencível (Robert Kirkman): Os Mortos Vivos. Amplamente bem recebido e criticado nos EUA, este titulo foge do convencional e nos traz uma HQ envolvente e só tem um defeito real: a demora de um volume ao outro. Mesmo acabamento, tudo igual a Invencível. Vêm mais né?

Estranhos no Paraíso e Liberty Meadows. Amas excelentes HQs. Mas ainda falta "aquela" HQ convencional, de prédios sendo destruídos como se fossem de papelão, carros voando e tudo aquilo que alguns fãs adoram ver. E eis que somos presenteados com uma edição especial do Savage Dragon, contando sua tão aguardada origem.

Não vou fazer um release da HQ. Comprem. Vale a pena. A editora está se propondo a publicar as HQs do personagem no Brasil. Acredito eu que nos mesmos moldes citados acima. Fica aqui meu pedido aos leitores do blog e a editora HQManiacs: quero ver o Dragon no Brasil novamente. Ao pessoal que lê e gosta dele, mandem um email pros caras e esponham suas opiniões lá, dêem uma força, opiniões e incentivo real. A editora: PELAMORDEDEUS, publiquem o Dragon como estão publicando suas HQs em terras tupiniquins, por favor!!!

Grande abraço a todos!!!
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Friday, March 02, 2007

Resenhas de CD

Machine Head – The Blackening


Muitas bandas usam e abusam da palavra “peso”, e o MH é uma delas que o faz com maestria. A banda tem altos e baixos, mas desde seu ultimo álbum (Through the Ashes of the Empire), os caras meio que decidiram voltar a fórmula de seu maior sucesso, o debut “Burn my Eyes”, álbum que nasceu clássico.
O novo trampo do MH começa com uma musica de mais de 10 minutos e, quando Rob Flynn (líder da banda) disse que faria o Master of Puppets do novo século, ele chegou próximo disso. Sem perder as características da banda, os caras criaram um álbum quase perfeito, de tão bom. Logo que o álbum saiu, eu já disse de cara que gostava mais do anterior, mas escutando este com atenção (e com o devido fone de ouvido), dá para perceber como as canções foram bem planejadas. O que temos aqui é um verdadeiro álbum de “Neo Thrash/Thrash Metal” que, pode figurar sem dificuldade alguma entre os melhores lançamentos do ano. As composições não dão atenção somente as partes ultracadenciadas (marca registrada do MH, que possui sons de literalmente quebrar o pescoço, como Ten Ton Hammer), mas sim a boa e velha “palhetada abafada”, marca mor do Thrash Metal old school. Ora ultravelozes, com paradas cadenciadas, ou paradas gerais para partes melódicas, temos aqui um daqueles álbuns para você ficar surdo de tanto escutar. Saindo o original, eu compro na boa.



Manowar – Gods of Metal

Esqueçam a pose, as frases de sexo explicito com o Heavy Metal (porque o que a banda prega não é amor ao metal, é uma orgia ao metal), e as fotos do calça de couro colada e enfiada no traseiro. O Manowar é uma das melhores bandas de metal de todos os tempos, pioneira em seu estilo, onde o peso reina absoluto. Todos os álbuns da banda são verdadeiramente bons, com exageros aqui e acolá (como a faixa Achiles – Agony and Esctasy in 8 parts), mas tudo sempre é de extremo bom gosto. Quando o álbum anterior saiu (Warriors of the World, 2002), muita gente torceu nariz, disse que o Manowar perdeu velocidade, isso e aquilo. Pura baboseira, porque aquele é um dos melhores álbuns da banda, isso é fato. O que seria esperado para um próximo álbum seria uma continuação natural, certo?
Errado!
O Manowar em 2002 compôs algumas musicas excelentes no WotW, como a perfeita Nessum Dorma (uma homenagem, na verdade), Dixie (um hino regional americano), e as composições orquestradas, todas perfeitas.
E o que vemos aqui é justamente isso, um álbum REPLETO de composições orquestradas, todas de um bom gosto terrível (no bom sentido, claro). São tão pesadas e intensas que, se você fechar os olhos e se esforçar um pouco, consegue ver os Drakkar mar afora. Para quem não sabe , era uma típica embarcação Viking. Todas lembram (e muito) as composições do mestre Richard Wagner, comparando o peso de suas composições com as do Manowar.
Mas ae reside o problema. São composições demais deste tipo, quase todas com narrações, e varias parecendo trilhas sonoras de filmes. Lembra alguma coisa? Claro que lembra... Rhapsody of Fire.
O RoF é uma grande banda, com grandes composições. O foco é outro, é verdade, e o direcionamento do peso das musicas também. Mas que LEMBRA, isso é fato, e o Manowar sempre foi conhecido por ser único no que fazia.
Um bom álbum, que foge completamente da tradição da banda, mas como eu sempre digo: inovar é bom!


Alcofa(que adora tudo sobre os Vikings e achou as composições orquestradas de muito bom gosto, escutando somente estas faixas)
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